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Penal Quarta-feira, 08 de Maio de 2019, 16:29 - A | A

08 de Maio de 2019, 16h:29 - A | A

Penal / GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

Novos delegados são escolhidos para conduzirem investigações

Os delegados Rafael Mendes Scatolon, Luciana Batista Canaverde e Jannira Laranjeira Siqueira Campos teve seus nomes oficializados ao desembargador Orlando Perri e também a juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá

Da Redação



Os delegados Rafael Mendes Scatolon, Luciana Batista Canaverde e Jannira Laranjeira Siqueira Campos vão conduzir os inquéritos policiais que apuram interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso, caso que ficou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.

Os três foram definidos na semana passada pela Diretoria Geral da Polícia Civil e seus nomes foram formalmente oficializados ao desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri e também ao juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá.

Os delegados devem iniciar os trabalhos a partir da semana que vem em uma sala no Complexo Jurídico do Tribunal de Justiça, localizado na Miranda Reis, em Cuiabá. As três autoridades policiais irão desenvolver as investigações juntamente com cinco investigadores, sendo dois analistas de inteligência e dois escrivães de polícia.

A Diretoria da Polícia Civil afirmou que delegados Flávio Henrique Stringueta e Ana Cristina Feldner foram convidados para novamente assumirem à investigação, mas se recusaram por razões pessoais e profissionais.

Flávio Stringueta é o titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e não deseja deixar a unidade para estar à frente desse trabalho.

Já a delegada Ana Cristina Feldner está de licença maternidade.

Os grampos

O suposto esquema de grampos ilegais veio à tona em maio de 2017, quando se descobriu que políticos, juízes, advogados, médicos e jornalistas haviam sido interceptados de forma ilegal.

Na época, chegaram a ser presos os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros, o tenente-coronel Januário Batista e o cabo da PM, Gerson Corrêa Barbosa.

Além disso, o governador Pedro Taques foi acusado de ter comandado o esquema para obter informações de seus adversários políticos.

Em setembro do mesmo ano, o desembargador Orlando Perri mandou prender várias pessoas do alto escalão do governo, durante a Operação Esdras, que teriam se envolvido nos grampos. Foram elas: o ex-Casa Civil e primo do governador Paulo Taques; Evandro Lesco juntamente com sua esposa, Helen Christy Lesco; o secretário afastado Rogers Jarbas, o secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), coronel Airton Benedito Siqueira Junior, o sargento João Ricardo Soler, o major da PM Michel Ferronato e o empresário José Marilson da Silva.

Posteriormente, o ministro Mauro Campbell avocou o inquérito e passou a investigar os alvos e decretou sigilo dos autos.

Logo depois, o ministro devolveu o inquérito dos grampos relacionados aos cinco militares envolvidos no caso para a Vara Especializada da Justiça Militar de Cuiabá.

Recentemente, o ministro devolveu o inquérito da Esdras para a primeira instância apurar, após a perda da prerrogativa de foro, já que Taques não é mais chefe do Poder Executivo Estadual.