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Cível Segunda-feira, 21 de Outubro de 2019, 11:43 - A | A

21 de Outubro de 2019, 11h:43 - A | A

Cível / ALAGAMENTOS

Município e empresa devem corrigir problemas causados após obras de residencial

No período chuvoso, por exemplo, as ruas são tomadas por grande quantidade de água e lama, o que inviabiliza o acesso, circulação dos pedestres e moradia no município de Comodoro

Da Redação



A Justiça obrigou o Município de Comodoro e o Residencial Reserva Park Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda a efetuarem, de forma imediata, reparos paliativos para corrigir os problemas causados em ruas da cidade em razão da construção do empreendimento.

A decisão liminar atendeu a um pedido do Ministério Público do Estado.

Logradouros próximos ao residencial sofreram graves consequências de ordem urbanística e ambiental, segundo o MPE. No período chuvoso, por exemplo, as ruas são tomadas por grande quantidade de água e lama, o que inviabiliza o acesso, circulação dos pedestres e moradia.

A decisão judicial ainda determinou que seja efetuado o nivelamento das vias públicas, obras e as medidas necessárias ao escoamento da água para evitar possibilidade de novos alagamentos. Também deverá ser realizada a limpeza do entorno da via pública com a retirada de entulhos do local. Além disso, terá que ser apresentado projeto de pavimentação asfáltica e drenagem urbana a ser executado no prazo de três meses.

A empresa Residencial Reserva Park Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda será intimada, também de forma imediata, a realizar obras de drenagem em seu empreendimento.

O descumprimento das obrigações assumidas implicará em pagamento de multa no valor de R$ 100 mil para cada requerido.

Os problemas, conforme o Ministério Público, são verificados nas ruas adjacentes ao loteamento Reserva do Park, na Avenida Paraná, esquina com Rua dos Mognos e esquina com Rua Espírito Santo.

“Antes do empreendimento, o local era constituído por uma extensa mata que acabou sendo suprimida para viabilizar a realização das obras. A partir disso iniciaram-se os problemas, isso porque a referida mata era a responsável por conter o escoamento da água da chuva, fazendo com que o grande volume de água não “descesse ladeira abaixo”, invadindo ruas e avenidas e, por consequência, as residências da vizinhança local”, descreveu o promotor de Justiça Felipe Augusto Ribeiro de Oliveira, em um trecho da ação.

Segundo ele, no dia 15 de outubro, o Ministério Público realizou inspeção no local e foi informado pelo município e por representantes do empreendimento que este ano havia sido implementada a drenagem das águas pluviais e de todas as ruas do loteamento. Uma semana após a inspeção, outra chuva atingiu o município e os problemas anteriormente retratados persistiram.

“As obras até então implementadas pelos requeridos não foram suficientes para solucionar a problemática em evidência, visto que tais medidas não resistiram sequer à primeira chuva desse período, causando grandes transtornos à vizinhança daquele local”, ressaltou o promotor.

Na ação, além de questionar a eficiência do sistema de drenagem, o promotor de Justiça também ressaltou que a manutenção dos logradouros pelo poder público tem sido inadequada, o que tem contribuído para a formação de buracos e crateras na via pública. (Com informações da Assessoria do MPE)