O deputado estadual, Dilmar Dal Bosco, terá que explicar na Justiça o porquê contratou suposta funcionária “fantasma” para atuar em seu gabinete na Assembleia Legislativa.
É que o juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas, marcou uma audiência de instrução no processo de improbidade administrativa que apura os fatos imputados ao parlamentar.
A oitiva foi designada para o dia 23 de novembro deste ano, quando o magistrado ainda deve ouvir Lucineth Cyles Evangelista (a suposta “fantasma”), que também responde ao processo.
O Ministério Público, autor da ação, citou documentos que evidenciam que Lucineth, entre fevereiro de 2008 e dezembro de 2015, com intervalos de exonerações e nomeações, acumulou funções na Assembleia e no Município de Sinop. Ao mesmo tempo que exercia os cargos, também assumiu temporariamente a vaga de docente em Sinop.
Diante dos fatos, o MPE concluiu que Lucineth não prestou serviços no gabinete do deputado, uma vez que não tinha como cumprir os demais cargos simultaneamente pela incompatibilidade da carga horária.
Além de Dilmar e Lucineth, também foi acionado Rômulo Aparecido e Silva (já falecido), que teria atuado como chefe da suposta servidora “fantasma”, tinha conhecimento da frequência ao trabalho e, mesmo assim, permitiu o suposto enriquecimento ilícito.
No processo, o Ministério Público requer o ressarcimento ao erário da quantia de R$ 266.136,26, além da aplicação das sanções dispostas na Lei de Improbidade Administrativa.