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Cuiabá, 26 de Junho de 2025

STJ/STF Quarta-feira, 25 de Junho de 2025, 14:40 - A | A

Quarta-feira, 25 de Junho de 2025, 14h:40 - A | A

POR UNANIMIDADE

Supremo valida decretos de Lula que restringem acesso a armas

As normas assinadas por Lula reverteram a flexibilização no monitoramento e acesso a armas que havia sido promovida durante o governo de Bolsonaro

Da Redação

O Supremo Tribunal Federal (STF) validou os decretos que restringiram o acesso a armas no país, assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro dia de seu mandato.

O julgamento pelo Plenário Virtual acabou nesta terça-feira (24).

As normas assinadas por Lula e também pelo então ministro da Justiça, Flávio Dino, hoje ministro do Supremo, reverteram a flexibilização no monitoramento e acesso a armas que havia sido promovida durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O assunto foi tratado em Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) ajuizado pela Advocacia-Geral da União (AGU) em fevereiro de 2023, pedindo a validação da norma diante de diversas ações na Justiça que passaram a questioná-las.

Os decretos sobre armas suspenderam os registros para compra e transferência de armas e munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores e particulares (CAC), restringiram o número de armas e munições de uso permitido que podem ser compradas e suspenderam a concessão de novos registros a colecionadores, atiradores e caçadores, novos clubes e escolas de tiro.

As normas também centralizaram na Polícia Federal (PF) a competência para gerir o cadastro de armas no país.

Em seu voto, o ministro-relator Gilmar Mendes fez um apanhado do que considerou um desmonte do controle de armas no país, promovido entre 2018 e 2022.

O ministro apontou, por exemplo, o aumento do número de armas nas mãos de CAC, que no período saltou de 350 mil para mais de 1 milhão.

Gilmar Mendes argumentou ainda que as normas editadas por Lula buscaram recompor esse sistema de controle. As normas, segundo o ministro, “se mostram plenamente idôneas e apropriadas tendo em vista a consecução do pretendido objetivo de estabelecer nova regulamentação do Estatuto do Desarmamento que melhor permita o controle da circulação de armas de fogo no Brasil”.

Ele foi acompanhado por unanimidade. (Com informações da Agência Brasil)