Lucielly Melo
O ex-governador Silval Barbosa já está em liberdade, mas continua com a tornozeleira eletrônica. Ele participou de uma audiência admonitória na tarde desta terça-feira (21), após o juiz Geraldo Fidélis, da Segunda Vara Criminal de Cuiabá (Vara de Execuções Penais) lhe conceder a progressão de regime para o semiaberto, para cumprir pena oriunda da Operação Sodoma.
Silval, que estava em prisão domiciliar, agora vai precisar apenas ficar segregado em sua residência nos horários entre 22 e 6h.
Entre as ordens decretadas pelo juiz à Silval, está o prazo de sete dias para que o ex-governador arranje um emprego. Entretanto, Barbosa já apresentou pedido para trabalhar na matriz da Tupi Comunicações Ltda., tendo o magistrado autorizado.
Com permissão da Justiça, Silval poderá fazer cursos e frequentar cultos religiosos em horário especial.
Silval também está submetido a outras restrições, como mudar de residência sem consentimento do juiz; não frequentar lugares inapropriados (casa de prostituição e de jogos, bocas de fumo e locais similares); não portar armas, nem brancas (faca, canivete, estilete etc.) e nem de fogo (revólver, fuzil, explosivos etc.); não poderá ingerir bebida alcoólica ou fazer uso de qualquer espécie de substância entorpecente; e está proibido de se envolver em qualquer tipo de infração penal.
Fidélis advertiu que qualquer descumprimento das medidas impostas pode levar Silval novamente à prisão.
Alienação de bens
O juiz citou que as propriedades de Silval, dadas na delação premiada em favor do Estado, estão livres para serem dadas em favor do Estado. Ele determinou que os valores arrecadados sejam depositados na conta do Fundo Penitenciário Nacional e serão usados para na conclusão das obras do Centro de Detenção Provisória de Várzea Grande, da reforma da Unidade Prisional de Peixoto de Azevedo e na construção de Unidade destinada ao regime semiaberto em Cuiabá.
O ex-governador deu R$ 46 milhões em bens, dentre eles: um lote em Sinop avaliado em R$ 860 mil; uma área em Peixoto de Azevedo avaliada em R$ 33,1 milhões; uma fazenda em Peixoto de Azevedo avaliada em R$ 10,4 milhões; uma aeronave no valor de R$ 900 mil e um imóvel em Cuiabá de R$ 1,2 milhão.
VEJA ABAIXO O TERMO DA AUDIÊNCIA NA ÍNTEGRA