Nesta semana (24 a 28 de novembro), a Comarca de Cuiabá realiza o Mutirão do Depoimento Especial, quando 70 depoimentos de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência serão realizados. Os depoimentos estão no bojo de 53 processos envolvendo esse público.
A ação é promovida pela Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT) em parceria com a Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Sob a coordenação do corregedor-geral da Justiça, desembargador José Luiz Leite Lindote, o trabalho foi estruturado após triagem feita pela juíza auxiliar da Corregedoria, Anna Paula Gomes de Freitas, responsável por avaliar cada processo para verificar sua aptidão para o depoimento especial. Os 53 processos aptos tramitam em quatro unidades judiciais da Capital e concentram situações de alta sensibilidade, nas quais a celeridade e a humanização da escuta são fundamentais para garantir a integridade das vítimas e a efetividade da prova.
Para dar conta da demanda, cinco magistrados se voluntariaram e atuarão como juízes cooperadores ao longo do mutirão: Anderson Fernandes Vieira, Edson Carlos Wrubel Junior, Fernando Akio Maeda, Gleide Bispo Santos e Patrícia Bedin. Eles atuarão em conjunto com o Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias, a 14ª Vara Criminal, a 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e a 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica da Comarca de Cuiabá.
A realização do mutirão também exigiu a formação de cinco equipes de entrevistadores especializados no Protocolo Brasileiro de Entrevista Forense (PBEF). A assistente social Jacinta de Ávilla, da Comarca de Rondonópolis, irá reforçar as equipes da Capital durante o período.
A iniciativa segue as diretrizes da Lei nº 13.431/2017 e da Resolução CNJ nº 299/2019, que tratam da escuta protegida, e atende à recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a implementação de mutirões que reduzam o passivo de processos que aguardam depoimento especial. Além de promover maior celeridade, a ação busca garantir um ambiente acolhedor, seguro e com o mínimo de interferências, reduzindo a revitimização de crianças e adolescentes e fortalecendo a proteção integral prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Com a união de esforços das unidades judiciárias, do Ministério Público, da Defensoria Pública e das equipes técnicas, o mutirão representa um avanço no compromisso institucional do Judiciário mato-grossense com a humanização da Justiça e a prioridade absoluta dos direitos da infância e juventude.
“Com a união de esforços das unidades judiciárias, do Ministério Público, da Defensoria Pública e das equipes técnicas, o mutirão representa um avanço no compromisso do Judiciário mato-grossense com a humanização da Justiça e com a prioridade absoluta dos direitos da infância e juventude”, destacou a juíza auxiliar da Corregedoria, Anna Paula Gomes de Freitas. (Com informações da Assessoria do TJMT)







