Em sessão solene na manhã desta segunda-feira (29) foram empossados cinco novos juízes substitutos do Poder Judiciário de Mato Grosso, que reforçam o quadro de magistrados da primeira instância do estado.
Foram empossados: João Zibordi Lara, Alex Ferreira Dourado, Natália Paranzini Gorni Janene, Luís Otávio Tonello dos Santos e Guilherme Leite Roriz.
Após a presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Clarice Claudino, abrir a solenidade, a diretora-geral do Tribunal, Euzeni Paiva de Paula faz a leitura do Termo de Posse. Posteriormente foram realizados os atos da cerimônia, como o juramento e a declaração dos empossados, feita pela presidente.
Clarice Claudino da Silva saudou os novos juízes destacando o tamanho da responsabilidade e do peso que é a carreira da magistratura num momento ímpar na história do Judiciário, que é a comemoração dos 150 anos do TJMT, em 1º de maio de 2024.
“A missão que vocês passam a desempenhar a partir de agora é, acima de tudo, aquilo que mais prezo, que é ouvir mais do que falar. A missão hoje confiada à magistratura não é mais aquela de proferidores de decisões. Na minha época o que se esperava de um juiz é que ele decidisse um processo. Hoje as decisões não podem, em nome da celeridade, antecipar o diálogo, a busca da consensualidade, a busca de uma oitiva, que passa pelas dores para que sejam legitimadas, para que as pessoas que passam pelo judiciário sejam escutadas.[...] Sejamos conscientes do papel de julgadores mas de condutores daqueles que acertam o melhor para todos.”
A vice-presidente do TJMT, desembargadora Maria Erotides Kneip saudou, em nome da corte, os novos juízes substitutos e disse que o Judiciário e a sociedade só têm a ganhar com os novos empossados.
“Ao abraçarem essa jornada lembrem-se de que como juíza e juízes, a senhora e os senhores não apenas interpretam a lei, mas também moldam a narrativa da justiça em nossa sociedade. Sejam, portanto, artífices da equidade, construtores de confiança e guardiões incansáveis da ética judicial. [...] Nosso chamado à justiça não é apenas uma convenção técnica, mas um compromisso moral que se reflete no comportamento ético de cada magistrado. [...] Respeitem a diversidade. A justiça não conhece barreiras de gênero, de etnia. Ao julgarem, garantam que a justiça seja verdadeiramente acessível a todos. Não se esqueçam de que por trás de cada caso há histórias humanas complexas. Exerçam a empatia e a paixão em suas decisões, reconhecendo o impacto que essas têm nas vidas das pessoas envolvidas”, afirmou Maria Erotides Kneip.
O corregedor-geral da Justiça, desembargador Juvenal Pereira da Silva falou sobre como Mato Grosso é um Estado acolhedor e mencionou a importância do trabalho em equipe. “O interesse do Poder Judiciário é fazer com que em cada rincão de Mato Grosso tenha um juiz para prestar o seu serviço e dar o apoio a toda a sociedade. Na Corregedoria chegamos para reger essa grande orquestra para que em conjunto possamos obter os melhores resultados para a satisfação da população. Contem com a Corregedoria como orientadora dos atos no Primeiro Grau de Jurisdição”.
Ao relembrar quando tomou posse há 25 anos, a juíza Maria Rosi de Meira Borba, presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam-MT) aconselhou os magistrados recém-empossados.
“Eu quero dizer aos senhores que eu desejo do fundo do meu coração que os sonhos cheguem nas suas comarcas e não se tranquem em seus gabinetes. Que os senhores se aproximem da sua comunidade. Que os senhores vivam essa realidade, sintam o que o povo sente: as emoções, as dificuldades, as misérias porque os senhores conviverão com isso. E tenham coragem, porque o conhecimento os senhores já têm”.
Os novos magistrados foram aprovados no último concurso público para a carreira da magistratura do TJMT. Eles passarão por curso de formação promovido pela Esmagis-MT antes de iniciar os trabalhos nas comarcas que serão designados. (Com informações da Assessoria do TJMT)