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Cuiabá, 03 de Agosto de 2025

Legislativo Quarta-feira, 14 de Maio de 2025, 08:05 - A | A

Quarta-feira, 14 de Maio de 2025, 08h:05 - A | A

SUPOSTA QUEBRA DE DECORO

Por inconsistências, Câmara arquiva representação contra Chico 2000

Conforme o procurador-geral da Câmara, Eustáquio Neto, a representação protocolada não preenchia os requisitos formais para abertura de processo disciplinar

Da Redação

A Câmara Municipal de Cuiabá decidiu, por unanimidade, arquivar a representação protocolada pelo advogado Julier Sebastião contra o vereador Francisco Carlos Amorim Silveira, o Chico 2000 (PL).

Chico está afastado de suas funções por força da decisão judicial no âmbito da Operação Perfídia, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) no último dia 29 de abril.

O parecer técnico da Procuradoria da Casa, que apontou inconsistências jurídicas na representação, foi lido na sessão plenária desta terça-feira (13), pela primeira-secretária da Mesa Diretora, vereadora Katiúscia Mantelli (PSB).

Na sequência, a presidente da Câmara, vereadora Paula Calil (PL), abriu a votação e defendeu o arquivamento da matéria com base no posicionamento jurídico da Procuradoria.

“O que nós temos aqui é um parecer técnico da Procuradoria da Câmara, que analisa os aspectos jurídicos da representação. Diante das inconsistências formais e da ausência de elementos que sustentem a abertura de um processo disciplinar, encaminho ao plenário a proposta de arquivamento”, afirmou Paula Calil, durante a sessão.

Após a manifestação da presidente, os vereadores votaram, por unanimidade, pelo arquivamento da representação.

Ausência de requisitos formais

Conforme o procurador-geral da Câmara, Eustáquio Neto, a representação protocolada não preenchia os requisitos formais e legais exigidos para abertura de processo por quebra de decoro parlamentar.

Segundo ele, o documento apresentou fragilidades que inviabilizaram o prosseguimento da tramitação.

“Não há elementos objetivos, nem fundamentação jurídica suficiente para que a Mesa Diretora acolhesse a representação e instaurasse qualquer tipo de procedimento disciplinar contra o parlamentar afastado. Para que uma representação avance, ela precisa vir acompanhada de provas mínimas, como documentos, certidões ou qualquer outro elemento que possa justificar a instauração de um processo. Isso não ocorreu. Não é possível abrir um processo disciplinar apenas com base em reportagens jornalísticas ou sem indícios concretos de infração”, explicou o procurador.

A presidente Paula Calil reforçou que a decisão do plenário respeitou o devido processo legal e a autonomia institucional da Câmara Municipal.

“Nos pautamos pela legalidade e pela responsabilidade. O parecer da Procuradoria foi claro, técnico e criterioso. A votação do arquivamento demonstra a coesão do Legislativo diante dos princípios constitucionais”, afirmou. (Com informações da Secom da Câmara de Cuiabá)