facebook instagram
Cuiabá, 13 de Novembro de 2025

Legislativo Quinta-feira, 13 de Novembro de 2025, 11:01 - A | A

Quinta-feira, 13 de Novembro de 2025, 11h:01 - A | A

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

ALMT discute implantação de casas de acolhimento para vítimas

Conforme o novo texto, a implantação das casas caberá ao Governo do Estado

Da Redação

Tramita na Assembleia Legislativa (ALMT) o projeto de lei nº 1658/2025, que prevê a implantação de casas de acolhimento temporário que vão receber e dar a assistência necessária para que as vítimas rompam o ciclo de violência doméstica e recomecem a vida com segurança e apoio.

“Serão espaços de proteção integral, com moradia provisória, alimentação, apoio psicológico, social e jurídico – inclusive com encaminhamento para programas de emprego, renda e moradia definitiva. Essas casas vão ser um refúgio de dignidade, escuta e de reconstrução de vidas”, explicou a deputada Marildes Ferreira (PSB).

A iniciativa propõe uma alteração na Lei nº 12.025, que instituiu várias ações de combate ao feminicídio. Conforme o novo texto, a implantação das casas caberá ao Governo do Estado, sob a coordenação da Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania. Elas estarão vinculadas à rede estadual de enfrentamento ao feminicídio e a gestão poderá ser feita diretamente pelo Estado ou pelos municípios e entidades parceiras.

“Não é uma ação pontual. Queremos garantir uma política pública capaz de libertar Mato Grosso da lamentável condição de estado campeão em feminicídios”, ressaltou a parlamentar.

Ao justificar a medida, Marildes apresentou dados oficiais mostrando que só no ano passado 47 mulheres foram assassinadas por companheiros ou ex-companheiros, deixando 89 crianças órfãs em Mato Grosso.

“83% desses feminicídios ocorreram dentro da própria casa da vítima. Se houvesse um local para abrigar estas mulheres com dignidade, muitas teriam buscado ajuda e poderiam estar vivas hoje”, avaliou.

O projeto da deputada também determina a criação de um cadastro estadual de casas de acolhimento integrado ao Observatório Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. Com isso, o Estado passará a contar com um sistema transparente de acompanhamento, monitoramento e articulação com todos os municípios. (Com informações da Secom da ALMT)