O juiz Diego Hartmann, da 4ª Vara Cível de Tangará da Serra, decidiu pelo afastamento dos dirigentes da Associação das Diversidades Intelectuais (Adin), por indícios de desvios de verbas públicas.
Foram afastados: Rui Alberto Wolfart, Edgar de Araújo Wolfart e Marivone Ferreira Bertoldo.
A decisão ainda determinou a nomeação de um administrador provisório para garantir a continuidade dos serviços essenciais prestados pela entidade a mais de 300 crianças com diversidades intelectuais.
O afastamento atendeu o pedido do Ministério Público que, em ação civil pública, relatou as graves irregularidades identificadas na gestão da Adin, que recebe expressivos recursos públicos — cerca de R$ 876.706,00 — por meio de Termo de Fomento com o Município de Tangará da Serra para a prestação de serviços relacionados ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
"Chegou ao conhecimento deste órgão ministerial que a entidade requerida está sendo investigada por graves irregularidades na gestão de seus recursos financeiros", destacou a promotora de Justiça Laís Liane Resende, mencionando esquemas de desvio mediante imposição aos funcionários para emissão de notas fiscais com valores superfaturados.
A promotora argumentou pela urgência da intervenção judicial, ressaltando que "tratando-se de entidade que presta serviços essenciais à população, faz-se necessária a imediata intervenção para garantir a regularidade e continuidade de suas atividades".
Conforme a decisão, o administrador provisório terá 30 dias para apresentar relatório circunstanciado sobre a situação financeira da associação e deverá, em até 60 dias, convocar assembleia geral para deliberar sobre a exclusão dos associados envolvidos em práticas irregulares. (Com informações da Assessoria do MPE)