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Cuiabá, 12 de Maio de 2025

Legislativo Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2020, 10:13 - A | A

Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2020, 10h:13 - A | A

CRIME AMBIENTAL

MP ajuíza ação contra fazendeira e pede R$ 3,3 milhões por desmatamento ilegal

Segundo o promotor de Justiça, Célia Regina da Costa, proprietária da Fazenda Marcelia, realizou desmates na área rural, sem autorização legal

Lucielly Melo

O Ministério Público do Estado (MPE) propôs uma ação civil pública contra uma fazendeira, pedindo a condenação dela ao pagamento de mais de R$ 3,3 milhões, por desmatamento ilegal praticado em uma área rural do município de São José do Xingú (a 950 km de Cuiabá).

A ação é resultado de um auto de infração emitido pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que multou Célia Regina da Costa em R$ 100 mil por realizar desmate na Fazenda Marcelia.

O promotor de Justiça, Marcelo Rodrigues Silva, responsável por elaborar a ação, explicou que é necessário a obtenção de Licença Ambiental para que a atividade de desmatamento em áreas rurais seja realizada.

Como Célia não tinha autorização legal para promover a atividade, ficou comprovada a degradação ambiental que, para Marcelo Rodrigues, causou “grave ofensa ao meio ambiente”.

“Assim, demonstrada e comprovada a propriedade da área degradada da requerida e o dano ambiental nela provocado, resta incontestável e absolutamente necessária a sua responsabilização civil, a fim de lhes impor a obrigação de reparar os danos praticados”, afirmou.

“Desta forma, deve o meio ambiente degradado ser recuperado e preservado. A reparação compreende-se na reconstituição da vegetação que foi dizimada em razão da danificação de floresta nativa, obrigação esta, destaca-se, “propter rem””.

Ao final, ele pediu que a acusada seja condenada na Justiça ao pagamento de R$ 3.306.584,52 de indenização do dano ambiental. O dinheiro, conforme requerido pelo MPE, deve ser encaminhado ao Fundo Municipal do Meio Ambiente.

LEIA ABAIXO A AÇÃO NA ÍNTEGRA: