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Cuiabá, 16 de Março de 2025

Legislativo Terça-feira, 17 de Dezembro de 2019, 15:27 - A | A

Terça-feira, 17 de Dezembro de 2019, 15h:27 - A | A

REMOÇÃO SEM JUSTIFICATIVA

Delegado vai ao TJ, cita portaria “viciada” e pede para voltar à Defaz

Ele foi transferido no início do mês para a Delegacia de Polícia Várzea Grande por força de uma portaria assinada pelo diretor geral da PJC, Mário Dermeval Arvechia de Rezende

Lucielly Melo

O delegado da Polícia Judiciária Civil, Lindomar Aparecido Tófoli, protocolou no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) um mandado de segurança pedindo para retornar à Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).

Ele foi transferido no início do mês para a Delegacia de Polícia Várzea Grande, por força de uma portaria assinada pelo diretor geral da PJC, Mário Dermeval Arvechia de Rezende.

No TJ, a defesa do delegado, patrocinada pelo advogado Ricardo de Oliveira, citou a Lei 12.830/13, que prevê que a remoção do delegado deve ser feita por ato devidamente fundamento. No caso, a portaria não esclarece qual motivo levou Tófoli a sair da Defaz e ir para a Delegacia de Várzea Grande.

O advogado sustentou que a portaria está “viciada”, uma vez que violou o princípio da legalidade e que, por isso, deve ser anulada.

Com uma possível derrubada da decisão administrativa, Tófoli deve voltar à Defaz.

Deccor

Ricardo de Oliveira também esclareceu a hipótese de que a remoção de Lindomar tenha sido feita por conta da criação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, a Deccor, que atraiu para si a atuação da Delegacia Fazendária. Mas, para o advogado, se o fato fosse verdadeiro, deveria o delegado ter sido transferido para o novo departamento investigatório e não para a outra delegacia.

Perseguição política

Ainda no mandado de segurança, o advogado lembrou que o delegado foi alvo de perseguição política em 2015, quando o então governador Silval Barbosa também o removeu da Defaz. Em delação premiada, Barbosa confessou que a saída de Lindomar ocorreu porque foi pressionado pelo setor empresarial e da classe política.

Recentemente, o delegado tem sido novamente perseguido, acredita o advogado. Isso porque no último dia 2, o prefeito Emanuel Pinheiro citou que há uma pressão política na Defaz para que ele seja investigado por uma suposta compra de parlamentares para cassar o mandato do vereador Abílio Brunini. E, coincidentemente, no mesmo dia, saiu a portaria de remoção de Lindomar, conforme explicado por Ricardo de Oliveira.