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Cuiabá, 14 de Maio de 2025

Legislativo Segunda-feira, 05 de Agosto de 2019, 15:02 - A | A

Segunda-feira, 05 de Agosto de 2019, 15h:02 - A | A

POPULAÇÃO INDÍGENA

Após MPF investigar condições físicas, escola e unidade serão reformadas

O MPF averiguou a precariedade da estrutura física da escola estadual indígena Koge Eiare, bem como a regularidade da prestação dos serviços de saúde à população da terra indígena Perigara, da etnia Boe

Da Redação

A escola Estadual Indígena Koge Eiare e a Unidade de Saúde da Aldeia Perigara, localizadas no município de Barão de Melgaço, serão reformadas. É que o Distrito Sanitário Especial Indígena de Cuiabá (DSEI) e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) acataram recomendação do Ministério Público Federal.

Desde 2009, o MPF cobra providências no âmbito de um procedimento, instaurado para averiguar a precariedade da estrutura física da escola estadual indígena Koge Eiare, bem como a regularidade da prestação dos serviços de saúde à população da terra indígena Perigara, da etnia Boe (Bororo).

A Seduc informou ao MPF que o projeto de execução das obras já teria sido elaborado, porém estariam impedidos de licitar e contratar empresa para sua execução ante o contingenciamento imposto pela Secretaria de Estado e Planejamento. Frisou, ainda, que não haveria suplementação orçamentária em virtude do período eleitoral e da lei de responsabilidade fiscal.

O Dsei-Cuiabá, por sua vez, informou que algumas metas teriam sido realinhadas, conforme necessidade e possibilidade de execução, prejudicando, assim, a conclusão do projeto básico de reforma da Unidade Básica de Saúde da Aldeia Perigara.

O MPF, no entanto, argumentou que “a alegação de falta de recursos, sem comprovação objetiva da incapacidade econômico-financeira, não pode, em hipótese alguma, justificar a ausência de prestação de serviços públicos essenciais para garantir o ‘mínimo existencial’, isto é, o exercício de direitos fundamentais (previstos em normas constitucionais de eficácia imediata), principalmente em relação à população que se encontra em situação vulnerável, como ocorre com as comunidades indígenas”.

Diante disso, com a recomendação acatada, a Seduc deve promover a licitação e contratação de empresa para executar o projeto de reforma da edificação da escola, já elaborado e aprovado. O Dsei deve fazer o projeto de execução e promover a licitação e contratação de empresa para executar a reforma da Unidade Básica de Saúde da aldeia Perigara. (Com informações da Assessoria do MPF-MT)