Após quase cinco meses que o Ponto na Curva publicou sobre as denúncias de suposta fraudes processuais cometidas pelo advogado L.V.A.J., ele procurou a reportagem e enviou uma nota de esclarecimento, se defendendo das acusações.
O caso veio à tona após a reportagem veiculada no programa Fantástico, mas o Ponto na Curva já havia feito uma série de matéria relatando sobre os famosos “Feirões Limpa Nome”, nos quais advogados estariam captando clientes para entrarem com ações de declarações de inexistência de débitos contra empresas, para obterem, indevidamente, indenizações por danos morais.
No caso, foi apontado que ele teria mentido na Justiça, a favor dos clientes, para conseguir indenizações da operadora de telefonia Vivo.
Mas segundo ele, as acusações foram patrocinadas pela empresa, que tenta “desmoralizar e denegrir” sua imagem.
“Resta evidente que o fundamento da empresa em questão é apenas desmoralizar os advogados que atuam em prol dos direitos dos consumidores que são lesados pelas grandes empresas”, diz trecho de sua nota enviada à redação.
Ainda em seu pronunciamento, destacou que, entre os casos noticiados na época, na qual dois de seus clientes foram condenados na primeira instância por terem mentido na Justiça, um deles tiveram o caso revertido e teve débito excluído por determinação judicial.
Quanto ao outro consumidor condenado, o advogado lembrou que ainda tem direito de recorrer contra a sentença.
“(...) é de fácil compreensão que a referida empresa encomendou a reportagem apenas para criar uma pré-disposição a seu favor, colocando em cheque a idoneidade dos advogados que postulam em favor dos reclamantes e assim, consequentemente levando o Judiciário a conclusão que a empresa que é a lesada, desencadeando dentro dos Juizados Especiais atritos internos e em audiências de conciliação, e as transformando em nada mais nada menos que “audiência de perseguição” contra advogados”.
“Tenho convicção que o Judiciário e a Ordem dos Advogados do Brasil estão atentos para esta nova artimanha que está sendo usada pela referida empresa para se beneficiar e continuar ferindo gravemente os direitos dos consumidores”, completou.
Devido às acusações, responde a um processo na OAB-MT e pode ter seu registro cassado pela entidade, caso as imputações contra ele se confirmarem.
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