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Cuiabá, 16 de Março de 2025

Outros Órgãos Quarta-feira, 26 de Agosto de 2020, 09:47 - A | A

Quarta-feira, 26 de Agosto de 2020, 09h:47 - A | A

PODE SER PENALIZADO

Servidor público não pode gerenciar empresa privada, alerta CGE

A vedação consta no Estatuto do Servidor Público do Estado de Mato Grosso; em caso de transgressão, o servidor pode responder a um processo administrativo disciplinar

Da Redação

O servidor público estadual não pode participar de gerência ou administração de empresa privada ou de sociedade civil. Segundo a Controladoria-Geral do Estado (CGE), a vedação consta no Estatuto do Servidor Público do Estado de Mato Grosso (artigo 144, Lei Complementar nº 04/1990).

“A ideia deste dispositivo é evitar que o servidor não se dedique à sua atuação administrativa. Se o servidor tem outra atividade que conflite com a atuação do cargo, essa prática é vedada pelo nosso estatuto”, argumentou o superintendente de Responsabilização de Agentes Públicos da CGE-MT, auditor Renan Zattar.

A vedação vale, inclusive, para atuação como microempreendedor individual (MEI) ou titular de empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli), já que, nesses casos (MEI Eireli), a atividade empresarial é titularizada por uma única pessoa, a qual exerce a gerência ou administração da empresa.

No caso das sociedades civis, é vedado ao servidor público figurar como gerente ou administrador, mas não há impedimento de que integre o quadro societário.

“O servidor pode, sim, figurar no quadro societário dessa sociedade, mas não pode administrá-la, nem de direito, no estatuto social da empresa, e nem de fato, como colocar um parente para administrar a empresa e ficar atuando nos bastidores, ter o poder de mando na empresa”.

No mesmo contexto, outra vedação ao funcionário público é de exercer comércio e, nessa qualidade, transacionar com o Estado.

“O servidor não pode ter atuação em uma empresa privada, não pode titularizar uma atividade empresarial, e se relacionar com o Estado por meio dessa titularização. Essa é uma vedação a mais ao servidor, porque já está proibida a atuação do servidor como empresário individual e, além disso, não pode transacionar com o Estado nesta condição”, pontuou o superintendente.

A transgressão à vedação de participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comércio e, nessa qualidade, transacionar com o Estado é passível da aplicação de penalidade de demissão, após o devido procedimento administrativo disciplinar. (Com informações da Assessoria da CGE)