Da Redação
O defensor público-geral, Clodoaldo Queiroz, afirmou que o desafio da próxima gestão será expandir o órgão para as 31 comarcas onde a Defensoria Pública de Mato Grosso ainda não foi instalada.
Ele tomou posse ao cargo na última sexta-feira (18) para administrar o órgão por mais dois anos. Também foram empossados o corregedor-geral, Márcio Dorileo e o ouvidor-geral, Cristiano Preza.
Na ocasião, os oito integrantes eleitos do Conselho Superior da DPMT, responsáveis pela análise e pareceres em todos os grandes assuntos do órgão, também foram empossados no posto que ocuparão a partir do dia dois de janeiro de 2021.
Durante a cerimônia, Queiroz citou as dificuldades existentes em administrar um órgão público com necessidades prementes, como as da Defensoria, que tem que estar em todo o Estado e cujo orçamento é o menor dos órgãos do sistema de Justiça.
"Eu sempre soube que o trabalho do gestor é dificílimo, fiz parte de duas gestões, mas não imaginava o tamanho da dificuldade. Logo que chegamos, vimos que havia um déficit na folha de pagamento. Tínhamos R$ 94 milhões para o ano de 2019, mas a folha era de R$ 124 milhões. Foi algo que não esperávamos. Paralelo a isso, não tínhamos recursos para investimentos, mas precisávamos de reformas com urgência".
Ele lembrou que no Núcleo de Primavera do Leste a situação era de chover dentro, quando chovia fora. E em Sorriso haviam problemas tão sérios e graves quanto esses.
“Mas, nada nos incomodava mais do que saber a forma degradante que o cidadão aguardava atendimento no Núcleo de Várzea Grande, situação que era vivida também por quem trabalhava lá e por esse motivo, após resolver a questão orçamentária, a solução desses problemas foi a nossa prioridade”.
O defensor geral lembrou que, além de todas as dificuldades, no início do segundo ano de mandato algo inesperado para o mundo, afetou o planejamento e a rotina da DPMT também, a pandemia. E com ela, projetos traçados para o futuro tiveram que ser postos em prática para não deixar o cidadão sem atendimento, o que exigiu novos esforços, sobrecargas e dias seguidos de trabalho e investimentos.
Corregedoria
O corregedor-geral, Márcio Dorileo, reforçou que atuará com o compromisso de fortalecer a Corregedoria e dar continuidade ao trabalho que é desenvolvido, além de instigar a atuação em favor dos mais pobres.
“É muito sintomático que durante a pandemia o Brasil tenha caído cinco posições no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e tenha despencado seis, no IDH, entre os 12 países da América Latina. Perdemos para a Argentina, Peru, Colômbia e isso é grave num país já marcado pela desigualdade, num estado como Mato Grosso, onde o grau de miséria dos mais pobres se aprofunda. E esse debate tem que ser trazido para a Defensoria. Temos legitimidade e não podemos deixar o mais pobre excluído, de lado”, afirmou.
Ouvidoria
O ouvidor-geral, Cristiano Preza, afirmou que traz o compromisso de expandir o atendimento prestado, principalmente no interior, aprimorando a comunicação e aproximação com a população que se relaciona com a instituição, por meio da melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo órgão.
“Vamos buscar cada dia mais nos empenhar no fortalecimento da confiança dos nossos usuários na prestação do bom serviço, afim de atender as necessidades deles que estão cada vez mais exigentes e mais digitais”, disse.
Conselho Superior
Integram a nova gestão do Conselho Superior da DPMT os defensores: André Renato Robelo Rossignolo; Alberto Macedo São Pedro, Fábio Barbosa, Kelly Christina Veras Otácio Monteiro, Laysa Bitencourt Pereira, Nelson Gonçalves de Souza, Sílvio Jéferson de Santana, Vinicius Ferrarin Hernandez. O defensor Nelson Gonçalves e Vinicius Hernandez foram empossados por procuração. (Com informações da Assessoria da Defensoria Pública)