Provas e declarações trazidas pelo cabo da Polícia Miliar, Gerson Luiz Corrêa Júnior, na tentativa de fazer um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, podem comprometer o destino do coronel Ronelson Jorge de Barros.
É que o Ministério Público, por meio do promotor de Justiça Allan Sidney do Ó Souza, nas vésperas do julgamento da “Grampolândia Pantaneira”, em que ambos os militares são réus, protocolou um pedido na Vara Especializada da Justiça Militar, requerendo a juntada de toda a documentação apresentada pela defesa de Gerson.
As declarações do cabo dadas ao Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) ao tentar fazer uma delação premiada, fazem menção ao coronel, de que teria sido instalado o software usado na implantação dos grampos no notebook que era usado por Ronelson na Casa Civil.
Até então, o MP havia se manifestado nas alegações finais pela absolvição de Ronelson. Mas, com a vinda das novas declarações de Gerson, o cenário pode mudar.
“Embora ainda não tivemos acesso ao conteúdo das referidas mídias, as quais encontram-se disponibilizadas fisicamente na Secretaria deste Juízo, verifica-se, outrossim, através dos termos de declarações dos corréu CB PM GERSON LUIZ FERREIRA CORREA JUNIOR, potencial mudança do panorama processual, em especial em relação codenunciado CEL PM RONELSON JORGE DE BARROS”.
“Daí se verifica a indispensabilidade da juntada de toda a documentação a ser solicitada junto ao NACO, para uma melhor análise completa, o qual, pode inclusive alterar a constelação probatória, como acima aventado”, completou o promotor.
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