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Cuiabá, 11 de Julho de 2025

Justiça Estadual Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2019, 08:13 - A | A

Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2019, 08h:13 - A | A

OPERAÇÃO MALEBOLGE

MPF defende que inquérito contra ex-governadores, deputados e ex-políticos seja separado

Segundo a procuradora da República, Vanessa Cristhina, devem ser separados os casos denominados como “01”, “02”, “05” e “07”

Lucielly Melo

A procuradora da República, Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani, pediu o desmembramento de quatro fatos investigados no inquérito da Operação Malebolge (12ª fase da Ararath), que apuram a participação de ex-governadores, deputados, ex-políticos e empresários em supostos esquemas de corrupção no Estado.

As situações investigadas no inquérito da Malebolge são oriundas das declarações feitas pelo ex-governador Silval Barbosa em sua delação premiada.

De acordo com a procuradora, devem ser separados os casos denominados como “01”, “02”, “05” e “07”.

Entre os alvos estão o próprio Silval Barbosa, Blairo Maggi, Cidinho Santos, Carlos Avalone, Romoaldo Júnior, Éder de Moraes, Antonio Joaquim, Alexandre César e Oscar Bezerra.

Vanessa Cristhina justificou que a medida deve ser feita para dar eficiência à investigação, “uma vez que são fatos autônomos entre si, bem como melhor resguardo do sigilo, uma vez que cada caso será acessado apenas pelos envolvidos”.

“Desta forma, a Polícia Federal deverá instaurar um Inquérito Policial tendo por objeto cada caso declinado a esta Seção Judiciária, bem como juntar todos os documentos e elementos de provas produzidos em relação a cada caso, a exemplo dos relatórios de análise de material apreendido e relatório das mídias apreendidas”, argumentou.

O pedido será analisado pelo juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá, onde a investigação tramita.

Os casos

O caso “01”, investiga o ex-governador e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o ex-senador Cidinho Santos, o ex-governador Silval Barbosa, o ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio César, o deputado estadual, Carlos Avalone, o ex-secretário Eder Moraes e os empresários Celson Duarte Bezerra e Gustavo Capilé. Eles teriam participado de um suposto esquema para embaraçar a apuração da Operação Ararath.

Já o caso “02”, trata-se da acusação da prática de lavagem de dinheiro envolvendo Silval Barbosa, o conselheiro afastado TCE-MT, Antonio Joaquim, e o empresário Wanderley Fachetti em uma negociação de compra e venda de um imóvel rural.

O caso “05” apura o pagamento de “mensalinho” ao deputado estadual Romoaldo Júnior, ao suplente a deputado Oscar Bezerra e aos ex-parlamentares José Domingos Fraga Filho, Hermínio Barreto, Gilmar Fabris, José Joaquim de Souza Filho, Hermínio Barreto, Luiz Marinho de Souza Botelho, Carlos Antonio Azambuja. O prefeito Emanuel Pinheiro, a prefeita cassada Luciane Bezerra e o procurador do Estado Alexandre César também teriam recebido a vantagem ilícita.

Por último, o caso “07” são investigados Blairo Maggi, Valdir Agostinho Piran, Silval Barbosa, Genir Martelli, Pedro Nadaf, Wanderley Fachetti, José Bezerra de Menezes, Marcel de Cursi, José Geraldo Nonino, Carlos Avalone e Marcelo Avalone. São investigado créditos dados pelo Governo a várias construtoras no valor de R$ 130 milhões, contudo, o Estado não dispunha desse valor para quitar a dívida.