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Cuiabá, 30 de Junho de 2025

Justiça Estadual Quarta-feira, 26 de Junho de 2019, 16:06 - A | A

Quarta-feira, 26 de Junho de 2019, 16h:06 - A | A

SIMULAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

Juíza marca oitiva para ouvir servidores sobre desvios na AL

A audiência de instrução e julgamento está marcada para iniciar às 9h, no Fórum de Cuiabá

Lucielly Melo

A juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, vai interrogar no dia 10 do mês que vem os servidores Geraldo Lauro e Juracy Brito, os ex-funcionários públicos Paulo Sérgio Costa Moura e Djan da Luz Clivati e os contadores José Quirino Pereira e Joel Quirino Pereira sobre o suposto esquema de desvios na Assembleia Legislativa.

A audiência de instrução e julgamento está marcada para iniciar às 9h, no Fórum de Cuiabá.

Na ocasião, a magistrada ainda ouvirá as testemunhas do caso.

“Considerando que na data aprazada para a realização da Audiência, esta Magistrada foi designada para presidir as Audiências de Custódia desta Comarca, conforme cópia da Portaria 387/2018-GRHFC, em anexo, REDESIGNO a Audiência de Instrução e Julgamento para o dia 10.07.2019 às 09h00min”, diz trecho do despacho da juíza.

Entenda o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), os acusados teriam participado de um suposto esquema, na qual eles simulavam empréstimos e pagavam as dívidas com recursos da Assembleia Legislativa. Os fatos teriam ocorrido em 2001.

Segundo o MPE, a trama criminosa tinha por finalidade a apropriação de recursos públicos através do convênio firmado entre a Assembleia Legislativa e o Banco Real, o qual visava a concessão de empréstimos, na modalidade de CDC (Crédito Direto ao Consumidor), aos servidores e deputados.

Na denúncia, consta, ainda, que a amortização desses empréstimos junto ao Banco Real não foi realizada por quem figurou como beneficiário. Para a quitação desses valores, os acusados teriam engendrado nova fraude, de modo que o pagamento ao banco fosse feito com recursos da própria AL.

Os então servidores da Cada de Leis teriam forjado a contratação de serviços ou aquisição de bens e, em seguida, simulavam os respectivos pagamentos e com esses valores liquidavam as prestações dos empréstimos.

O dinheiro resultante desses empréstimos fraudulentos foi distribuído entre os denunciados, não sendo possível, na maior parte das vezes, identificar especificamente a forma como fizeram o rateio, segundo o MPE.