Lucielly Melo
A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, decretou sigilo dos autos que investigam a morte do advogado Roberto Zampieri.
A decisão, dada nesta quinta-feira (24), atendeu o pedido dos réus, que prometeram citar nomes com foro privilegiado que estariam envolvidos no caso.
São réus: Antônio Gomes da Silva (o executor), Hedilerson Fialho Martins Barbosa (o suspeito de ser o intermediário) e o coronel reformado do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas (que teria financiado o crime).
Os acusados pleitearam pelo segredo de Justiça, alegando que irão “trazer nomes de terceiros com investigações em andamento, pessoas com foro privilegiado” e, para não atrapalhar as investigações, a medida seria necessária.
Outro argumento utilizado pelos réus é de que o sigilo também visa impedir a indevida exposição da vítima, da sua vida privada e da família de Zampieri.
A magistrada concordou com as alegações e concluiu que, diante dos trechos dos conteúdos dos celulares apreendidos, dentre eles, o da vítima, “realmente há necessidade de, agora em diante, determinar o Segredo de Justiça”.
“De fato, a partir do momento que os Defensores informaram que trarão para os autos conteúdos que podem devassar a intimidade da vítima, de outros investigados e de terceiras pessoas estranhas ao processo, há necessidade de se garantir, doravante, o sigilo externo do processo”, decidiu a magistrada.
Entenda mais o caso
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro de 2023, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro, quando foi atingida pelo executor, que fez diversos disparos de arma de fogo.
Três pessoas permanecem presas e já viraram réus pelo homicídio: Antônio Gomes da Silva (o executor), Hedilerson Fialho Martins Barbosa (o suspeito de ser o intermediário) e o coronel reformado do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas (que teria financiado o crime).
O fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, que chegou a ser preso, mas conseguiu liberdade, foi indiciado por ser o suposto mandante do crime.
A suspeita é de que o crime teria sido cometido por conflito envolvendo disputa de terra no interior de Mato Grosso.