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Cuiabá, 27 de Março de 2025

Justiça Estadual Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2020, 09:04 - A | A

Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2020, 09h:04 - A | A

OPERAÇÃO III BARRAS

Gaeco sequestra fazenda de R$ 10 mi e 800 cabeças de gado

Durante as investigações, foi constatado que o proprietário da fazenda tratava-se de pessoa fictícia, a qual havia sido criada para ocultar a propriedade de diversos bens, como dinheiro, veículos, gado e fazendas, provenientes do tráfico de drogas

Da Redação

Um escritório de contabilidade e duas residências, sendo uma em Cuiabá e a outra no município de Cáceres (a 225 Km da Capital), foram alvos nesta terça-feira (15) da Operação “III Barras”, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), contra esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Durante a operação foram cumpridos dois mandados de prisão, um em Cáceres e o outro em Brasnorte, além de buscas e apreensão.

A operação, segundo a unidade regional do Gaeco em Cáceres, é o desdobramento de uma apreensão ocorrida em 2017 de expressiva quantidade de dinheiro enterrado na Fazenda III Barras, localizada na linha de fronteira do Brasil com a Bolívia. Ao longo das investigações, a fazenda, que é avaliada em R$ 10 milhões, foi confiscada pela Justiça, que também apreendeu 800 cabeças de gado e outros bens.

Durante as investigações foi constatado que o proprietário da fazenda tratava-se de pessoa fictícia, a qual havia sido criada para ocultar a propriedade de diversos bens, como dinheiro, veículos, gado e fazendas, provenientes do tráfico de drogas.

Com as análises realizadas pelas equipes do Gaeco, a Delegacia Especial de Fronteira (Defron) e Receita Federal – que também atuaram na operação -- constatou-se que as ações delituosas praticadas tinham à frente uma outra pessoa, que seria o verdadeiro proprietário da fazenda, do rebanho bovino e dos bens nela contidos. O investigado já foi inclusive condenado no Estado de São Paulo.

A organização criminosa, conforme apurado no decorrer das investigações, conta com a participação de, pelo menos, quatro pessoas que se estruturaram com o objetivo de ocultar os bens pertencentes ao líder do grupo. Os envolvidos teriam movimentado quantidades expressivas de dinheiro em contas bancárias sem origem comprovada.

Ao longo das investigações, conforme o Gaeco, diversos bens foram objeto de medida cautelar de sequestro, como a Fazenda III Barras, avaliada em mais de R$ 10 milhões. Além dela, diversos automóveis, maquinário agrícola, aproximadamente 800 cabeças de gado e dinheiro em espécie encontram-se arrecadados à disposição da Justiça. (Com informações da Assessoria do MPE)