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Penal Quinta-feira, 15 de Agosto de 2019, 14:37 - A | A

15 de Agosto de 2019, 14h:37 - A | A

Penal / DESVIOS NO DETRAN

Ex-chefe da Casa Civil pede extensão de benefício para suspender cautelares

Paulo Taques quer o mesmo benefício concedido ao ex-deputado Mauro Savi e ao empresário Roque Anildo Reinheimer, ambos investigados na Operação Bônus

Lucielly Melo



Após o ex-deputado estadual Mauro Savi e o empresário Roque Anildo Reinheimer conseguirem retirar a maioria das medidas cautelares impostas pela Justiça, o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, ajuizou pedido de extensão do benefício nos autos da ação penal oriunda da Operação Bônus.

Ambos são acusados de serem membros de uma suposta organização criminosa engendrada no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), que teria desviado em torno de R$ 30 milhões em propinas.

No último dia 12, o desembargador José Zuquim, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), retirou as obrigações que Savi e Roque deveriam obedecer, como o recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, mas manteve as cautelares que os impedem de sair do país e da ordem de comparecer a todos os atos processuais.

O magistrado explicou que os acusados vinham obedecendo as cautelares impostas e, por isso, as suspendeu.

O pedido da defesa de Taques foi protocolado no nesta quarta-feira (14) e deve ser analisado em breve pelo desembargador.

Entenda o caso

A Operação Bônus, segunda fase da Bereré, foi deflagrada em maio do ano passado contra uma suposta organização criminosa instalada no Detran-MT, que teria desviado cerca de R$ 30 milhões em propinas.

Na época, foram alvos detidos: o então deputado estadual, Mauro Savi, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques e seu irmão Pedro Jorge Taques, os empresários Roque Anildo Reinheimer e José Kobori, além Claudemir Pereira dos Santos.

Segundo as investigações, eles efetivaram os desvios por meio da empresa EIG Mercados, que era responsável por registrar contratos de financiamento de veículos.

Após a operação, o Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra os alvos da Bônus e mais 52 pessoas, entre elas deputados, ex-políticos e empresários. Além de responderem por constituição de organização criminosa, os denunciados são acusados dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação.

Na denúncia, foram apresentados 37 fatos ocorridos entre os anos de 2009 a 2016.

A denúncia apontou para três vertentes diversas de análises: movimentações bancárias entre os denunciados, entre denunciados com terceiros, apenas entre terceiros e entre os denunciados e servidores da Assembleia Legislativa.

Em razão das prisões, o processo foi desmembrado no TJ.