O deputado estadual Mauro Savi e o ex-secretário da Casa Civil, advogado Paulo Taques, foram presos nesta quarta-feira (9) durante a segunda fase da Operação Bereré, batizada como “Bônus”.
Os mandados de prisão preventiva foram deferidos pelo desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que ainda mandou prender Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos, conhecido como “Grilo” e o ex-diretor da EIG Mercados Ltda, empresário José Kobori.
Ao todo foram expedidos seis ordens de prisão e cinco busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em Cuiabá, São Paulo e Brasília. Todos os detidos estão sendo encaminhados ao Gaeco e, à tarde, passarão por audiência de custódia.
Foragido
Os agentes do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco) tentam cumprir desde a deflagração da segunda fase da operação, o sexto mandado de prisão que foi expedido contra Pedro Jorge Zamar Taques, irmão de Paulo Taques. Ele é considerado foragido.
Operação Bônus
A operação Bônus é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas, entre elas da empresa EIG Mercados, conforme já havia antecipado o Ponto na Curva.
As investigações tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.
Atualização às 11h39
Irmão do ex-chefe da Casa Civil, Pedro Jorge Zamar Taques, acabou de se entregar ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Primeira fase da Bereré
A primeira fase da Operação Bereré foi deflagrada em fevereiro deste ano e teve o intuito de desbaratar organização criminosa que atuava no âmbito do Detran através do recebimento de propinas.
Informações confirmadas na delação premiada do ex-secretário Teodoro Lopes dão conta de que empresários e políticos participavam do suposto esquema.
Ele apontou que a empresa que registra financiamento de contratos de veículos para o primeiro emplacamento, a EIG Mercados Ltda, antiga FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda. cobrava uma taxa entre R$ 140 e R$ 400, ficava com 90% do valor e repassava 10% ao Detran. O esquema lucraria cerca de R$ 1 milhão ao mês.
Durante a Operação, os agentes do Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão expedidos pelo desembargador José Zuquim, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, contra os 49 investigados.
Entre os alvos da investigação estão: o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, ex-deputado federal Pedro Henry; ex-secretário de gestão da Assembleia Legislativa, Elias Pereira dos Santos Filho; o ex-servidor da Seduc, Moisés Dias da Silva; os ex-servidores da Assembleia Legislativa, Francisvaldo Mendes Pacheco, Tscharles de Tschá e Odenil Rodrigues de Almeida; o deputado estadual Mauro Savi, a esposa do ex-secretário Éder de Moraes, Laura Tereza da Costa Dias, e seu filho, Éder de Moraes Dias Junior.