facebook instagram
Cuiabá, 11 de Outubro de 2024
logo
11 de Outubro de 2024

Penal Segunda-feira, 07 de Setembro de 2020, 08:31 - A | A

07 de Setembro de 2020, 08h:31 - A | A

Penal / SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS

Advogado e outros réus serão interrogados sobre esquema de dentro de presídios

Como Anilton Rodrigues, Bruno da Silva Guimarães e Welton Borges Gonçalves ainda permanecem presos desde outubro de 2019, quando a Operação Fake Paper foi deflagrada, os interrogatórios serão realizados de dentro das unidades prisionais

Lucielly Melo



O advogado Anilton Gomes Rodrigues, acusado de liderar organização criminosa que teria sonegado R$ 300 milhões em impostos, terá que explicar à Justiça detalhes sobre o suposto esquema.

O interrogatório será conduzido pela juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, que também ouvirá outros supostos membros do enredo ilícito nos dias 22 e 23 de outubro deste ano.

Como Anilton, Bruno da Silva Guimarães e Welton Borges Gonçalves ainda permanecem presos desde outubro de 2019, quando a Operação Fake Paper foi deflagrada, os interrogatórios serão realizados de dentro das unidades prisionais em que eles se encontram, por meio de videoconferência.

Também serão ouvidos pela magistrada, nas mesmas datas, os outros acusados: Paulo César Dias de Oliveira, Marcelo Weber Gromann, Edno Rocha Machado de Menezes, Julci Birck, Jean Carlos Matos de Souza e André Alex Arrias de Souza.

Antes das audiências com os réus, as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pelas defesas vão depor entre os dias 19 e 21 de outubro, também por videoconferência.

O esquema

A Operação Fake Paper foi deflagrada no dia 9 de outubro de 2019, quando a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) cumpriu nove mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão contra membros de esquema de sonegação fiscal.

A suposta organização criminosa investigada atuava através de falsificação de documento público, falsificação de selo público e com uso de documento fraudulento promoveu a abertura de empresas de fachada, visando disponibilizar notas fiscais frias para utilização de produtores rurais e empresas nos crimes de sonegação fiscal.

Além disso, o esquema possibilitou a prática de crimes não tributários, como a fraude a licitação ou mesmo 'esquentar' mercadorias furtadas ou roubadas.

Durante as investigações, ficou evidenciado que as empresas de fachada demonstraram um exagerado aumento na emissão de notas fiscais, resultando nos anos de 2016 e 2017 na emissão de 5.558 notas fiscais supostamente frias, no valor aproximado de R$ 300 milhões.