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Cuiabá, 14 de Julho de 2025

Legislativo Segunda-feira, 13 de Maio de 2019, 14:10 - A | A

Segunda-feira, 13 de Maio de 2019, 14h:10 - A | A

AÇÃO CIVIL PÚBLICA

AL vai recorrer na Justiça contra corte de recursos para UFMT e IFMT

A presidente da Assembleia, deputada Janaina Riva, recebeu a demanda da Comissão de Educação e solicitou à Procuradoria-Geral uma análise técnica da viabilidade de uma intervenção judicial

Da Redação

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) ingressará com uma ação civil pública contra o corte de recursos para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e para o Instituto Federal do Estado (IFMT) anunciado pelo Governo Federal.

O processo vai ser protocolado na Justiça Federal por se tratar de recursos da União.

A presidente da Assembleia, deputada Janaina Riva, recebeu a demanda da Comissão de Educação e solicitou à Procuradoria-Geral uma análise técnica da viabilidade de uma intervenção judicial.

“O parlamento estadual vai buscar os meios legais para tentar impedir prejuízos às atividades dessas instituições o mais rápido possível. Não vamos nos omitir diante de uma situação que poderá atingir estudantes de todas as regiões do Estado”.

De acordo com o procurador-geral da AL, Grhegory Paiva Pires Moreira Maia, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhece que as comissões dos parlamentos estaduais têm competência para ingressar com este tipo de ação.

“Após uma consulta, identificamos a viabilidade de dar entrada à ação civil pública para tentar impedir a suspensão dos recursos. Já na próxima semana a Procuradoria-Geral deverá ingressar com a ação”, explicou Maia.

O deputado estadual Thiago Silva, presidente da Comissão de Educação, explicou que professores, alunos e reitores de instituições de ensino procuraram a Casa de Leis em busca de ajuda para reverter esta situação.

Segundo o parlamentar, o corte anunciado pelo Governo Federal vai na contramão das ações necessárias para a educação.

“Enquanto os países desenvolvidos investem cada vez mais em educação e pesquisas, o Brasil sofre pela falta de recursos para as nossas instituições. As universidades já vinham passando por um período de contingenciamento e a situação deverá ser agravada caso os cortes sejam concretizados. Hoje as universidades públicas são responsáveis por 95% da produção científica do país e acolhem alunos de todas as classes econômicas”, afirmou Silva.

Em nota, a reitora da UFMT, Myrian Serra, afirmou que o corte de 30% anunciado pelo governo federal “compromete nosso desempenho e avanço e nos leva à beira de um retrocesso inimaginável”.

A UFMT possui 113 cursos de graduação, sendo 108 presenciais e cinco na modalidade à distância (EaD), em 33 cidades mato-grossenses. Além disso, são ofertados 66 programas de pós-graduação: mestrado e doutorado. No total, são 25.435 mil estudantes geograficamente distribuídos em todas as regiões de Mato Grosso. (Com informações da Assessoria da ALMT)