A juíza Silvana Ferrer Arruda, da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, agendou para fevereiro de 2021 as audiências de instrução e julgamento nos autos da ação penal que investiga o casal de empresários, Marcelo Sixto Schiavenin e sua esposa Thays Fernanda Dalavalle, por dar golpes nos clientes da concessionária de veículos de luxo, Sport Cars.
Entre as testemunhas, estão o desembargador Juvenal Pereira, o promotor de Justiça Luciano André e os produtores rurais Elusmar Maggi Scheffer e Fernando Maggi, que foram vítimas dos supostos golpistas.
Para os dias 1º, 2 e 3 de fevereiro, a magistrada vai ouvir as declarações dos alvos dos empresários, que foram arrolados como testemunhas do Ministério Público.
No dia 4 do mesmo mês, será a vez das pessoas convocadas para depor a favor dos acusados. No mesmo dia, a juíza também vai interrogar os réus.
Por conta pandemia e do número expressivo de envolvidos no caso, as audiências vão ocorrer por videoconferência, que devem iniciar às 9h.
"Considerando o Provimento n. 15/2020 da CGJ/TJMT, bem como a anuência das partes em realização o ato por meio do sistema de videoconferência, (conforme certificado pelo sr. Gestor Judiciário), e, considerando número expressivo de testemunhas de acusação e defesa a serem ouvida, bem como os interrogatórios dos réus designo a audiência de instrução e julgamento por videoconferência”, diz trecho do despacho da juíza.
O caso
Segunda denúncia, Marcelo Sixto Schiavenin e Thays Fernanda Dalavalle trabalhavam como revendedores de veículos e receberam, em consignação, automóveis das mãos de seus proprietários para revendê-los a terceiros.
O acordado era de que após a revenda fosse repassado o valor ao proprietário do veículo, descontando-se apenas uma quantia menor a título de corretagem. Contudo, os empresários se apropriaram do valor total das revendas, causando elevado prejuízo financeiro para cada uma das vítimas.
De acordo com a denúncia, a dupla causou prejuízos financeiros a 26 vítimas, que ultrapassam R$ 4,4 milhões. Entre elas, empresários, desembargador, promotor de Justiça, servidor público, advogado, contador e agricultor.
Os acusados chegaram a pedir falência da empresa na Justiça, o que foi negado. No processo, foi apresentada uma lista de 48 credores.