Lucielly Melo
Duas empresas, uma gráfica e outra do ramo da informática, estão na mira do Ministério Público Estadual (MPE), que abriu dois inquéritos civis para apurar a participação delas no esquema de “mensalinho” na Assembleia Legislativa.
As investigações foram instauradas nesta quinta-feira (8), pelo promotor de Justiça Mauro Zaque.
A delação premiada do ex-presidente da Assembleia, José Geraldo Riva, foi a responsável por dar origem aos inquéritos.
Na condição de colaborador, Riva revelou que o esquema de propina paga a 51 deputados estaduais funcionou por 20 anos, graças às diversas empresas que tinham contrato com a Casa de Leis – dentre elas as que estão sendo investigadas.
Segundo o promotor, as referidas empresas aderiram ao plano de desvio de dinheiro público, “através de contratos simulados para garantir o pagamento de propina mensal (“mensalinho”), aos parlamentares, no período de 01/02/2003 a 31/01/2015”.
Por isso, Zaque determinou a abertura das investigações que visam apurar atos de improbidade e danos ao erário.
O promotor ainda mandou notificar a Assembleia Legislativa para que, em 15 dias úteis, envie cópia dos contratos celebrados com as empresas, assim como os valores pagos às investigadas.
Zaque decretou sigilo dos autos para evitar eventuais prejuízos às investigações.