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Cível Segunda-feira, 06 de Janeiro de 2020, 10:58 - A | A

06 de Janeiro de 2020, 10h:58 - A | A

Cível / IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

MP investiga suposto cartel de papelarias em licitações de prefeituras

Segundo a portaria que instaurou o inquérito, as empresas estariam agindo para controlar o mercado onde estão inseridas

Lucielly Melo



O Ministério Público do Estado (MPE) instaurou um inquérito civil para investigar a prática de improbidade administrativa, por parte de um “cartel” de papelarias que participaram de licitações em diversas prefeituras em Mato Grosso, além da Assembleia Legislativa.

O inquérito foi aberto pelo promotor de Justiça, Douglas Lingiardi Strachicini, da 1ª Promotoria de Justiça Cível de Várzea Grande.

Segundo o promotor, o inquérito é originário de uma denúncia encaminhada pela Promotoria de Rondonópolis, que revelou a suposta prática ilícita cometida pelas seguintes empresas Papelaria Millenium, Luasi Papeis e Livros Eirelli, Soma Comércio e Serviços (Papelaria Grafitte), Dallas Papelarias e Papelaria Perpétuo Socorro. A maioria delas possui ainda entre quatro e 10 empresas virtuais.

Na portaria de instauração da investigação, Douglas Lingiardi frisou que as papelarias atuam nas prefeituras dos municípios no Estado, principalmente em Rondonópolis, Várzea Grande e Nova Santa Helena, para o fornecimento de materiais gráficos e de higiene/limpeza.

Na portaria, consta que as empresas participaram de 33 procedimentos licitatórios, nos anos de 2011 a 2018.

O promotor explicou que o cartel ocorre quando duas ou mais empresas do mesmo ramo atuam em conjunto para controlarem o mercado onde estão inseridas.

“Quando existem essas empresas, a quantidade produzida e os preços são combinados de maneira que retornem uma grande fatia de lucro para cada uma delas, como trata o art. 4º da Lei nº 8137/90 – Crimes Contra a Ordem Tributária”, completou.

Ele pontuou que a prática de cartel formado por empresas com a participação de agentes públicos, caracteriza o crime de improbidade administrativa.

Douglas Lingiardi, ao decidir pela abertura do inquérito civil, requereu à Procuradoria-Geral do Município de Várzea Grande cópia integral das licitações que as empresas atuaram, assim como os respectivos contratos. As informações irão auxiliar a investigação.

VEJA ABAIXO A ÍNTEGRA DA PORTARIA: