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Cuiabá, 14 de Maio de 2025

Legislativo Quinta-feira, 24 de Outubro de 2019, 10:48 - A | A

Quinta-feira, 24 de Outubro de 2019, 10h:48 - A | A

CONSTRUÇÃO DE HIDRELÉTRICA

Geradora de energia faz acordo para pagar R$ 500 mil após danos ambientais

De acordo com o TAC firmado com o MPE, a empresa destinará, a título de reparação por dano moral difuso, R$ 500 mil em prol de duas entidades do município de Barra do Bugres

Da Redação

A empresa Várzea do Juba Energética S/A, responsável pela Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Graça Brennand, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado e se comprometeu a cumprir medidas compensatórias e reparatórias de eventuais infrações legais ambientais e danos provocados com a implantação da PCH no Rio Juba, no município de Barra do Bugres (a 168 km de Cuiabá). 

O TAC assinado no início do mês já foi homologado pela Justiça.

De acordo com o documento, a empresa destinará a título de reparação por dano moral difuso R$ 500 mil em prol de duas entidades do município. O Lar dos Idosos São Vicente de Paulo receberá R$ 250 mil em parcela única, a ser depositada no prazo máximo de 90 dias. A outra metade, no valor mínimo de R$ 250 mil, será designada para aquisição de um caminhão para a Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis - Rio Branco (Armab). A entrega também deverá ser feita no prazo de 90 dias. 

A empresa também não deverá praticar mais infrações ambientais.

Além da compensação financeira, a Várzea do Juba Energética S/A apresentou documentação ambiental competente, comprovando que se encontra regular quanto aos fatos geradores do dano. O cumprimento do TAC caracteriza integral reparação, indenização e compensação dos eventuais prejuízos. 

Em caso de descumprimento das obrigações nos prazos previstos, a compromissária ficará sujeita à multa diária no valor de R$ 1 mil. Cabe ao MPE e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) a fiscalização.

Ação civil pública 

O TAC é um documento extrajudicial da ação civil pública proposta pela Promotoria de Justiça Cível de Barra do Bugres em fevereiro deste ano, que está em andamento na 2ª Vara Cível. 

Conforme a ação, o MPE instaurou notícia de fato em maio de 2017 para apurar a denúncia de que a Várzea do Juba Energética S/A havia apresentado informação enganosa no processo de licenciamento ambiental, bem como instalado taipas no vertedouro sem autorização do órgão ambiental, alterando o nível da água.

A empresa também teria colocado a PCH em atividade em desacordo com a licença de operação. 

A Sema lavrou auto de infração e termo de embargo e interdição. O procedimento foi transformado em inquérito civil e, na época, o MPE manifestou interesse em firmar um TAC, mas a requerida se negou. Diante dos fatos, a ação judicial foi ajuizada a fim de obter a garantia do meio ambiente equilibrado. (Com informações da Assessoria do MPE)