O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) manifestou, nesta terça-feira (8), solidariedade à juíza federal Clara da Mota Santos Pimenta Alves, que foi vítima de agressões verbais com teor xenofóbico, em um restaurante de Cuiabá.
A juíza, que auxilia o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, registrou um boletim de ocorrência relatando as ofensas feitas por um dirigente brasileiro da petrolífera britânica British Petroleum (BP), na última sexta-feira (4).
No B.O., a magistrada diz que o executivo teria atribuído a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Bahia, Estado que "não produz nada" e "não possui PIB". A juíza Clara da Mota, que é baiana, estava acompanhada de suas duas filhas pequenas, e afirmou que o executivo sabe de sua origem e de sua ocupação, já que suas filhas convivem juntas há mais de dois anos.
Na sessão de hoje, o presidente do TRE-MT, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, saiu em defesa da juíza (que até setembro atuou na Corte Eleitoral) e afirmou que é “repugnante a discriminação que vem assolando este país por causa de viés político”.
“Cada um de nós temos a responsabilidade pelo futuro e de promover a pacificação, e para isso devemos começar a registrar esses fatos, essas agressões, e processar os seus autores. Receba a minha solidariedade, Dra. Clara, e esteja certa que é assim que se deve agir mesmo, punindo os transgressores”, disse o desembargador.