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Penal Quinta-feira, 09 de Maio de 2019, 14:51 - A | A

09 de Maio de 2019, 14h:51 - A | A

Penal / MEGAOPERAÇÃO DA PJC

Suspeito de desviar R$ 1,9 mi de banco é preso; advogado está foragido

Ainda foram cumpridos mandados de busca apreensão, quando foram confiscados três veículos

Da Redação



Um funcionário de uma empresa de assessoria de cobrança foi preso, em Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá), durante a Operação Crédito Desviado, deflagrada nesta quinta-feira (9), pela Polícia Civil em oito Estados e o DF, para prender suspeitos investigados no desvio de R$ 26 milhões do Banco do Brasil, entre os anos de 2017 e 2018.

Na cidade de Rondonópolis, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em duas residências e na empresa que o funcionário preso trabalha.

Um advogado, ligado a essa empresa, também teve o mandado de prisão, mas não foi localizado e é considerado foragido.

Nas buscas, foram apreendidos três veículos.

O delegado de Brasília, Marcelo Guerra, informou que a assessoria de cobrança desviou mais de R$ 1,9 milhão do Banco do Brasil, por meio da manipulação de sistema bancário.

O esquema

Ao todo, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão temporária, contra empregados do Banco do Brasil e empresários vinculados a empresas de cobranças e dívidas da instituição financeira.

Os mandados foram expedidos para cumprimento no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio de Janeiro. As ações resultaram na prisão de 15 pessoas envolvidas no esquema de desvio de valores. Dois acusados ainda continuam foragidos.

De acordo com as investigações, nos anos de 2017 e 2018, o grupo investigado subtraiu do Banco do Brasil mais de R$ 26 milhões. Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa — com aumento de pena em virtude da participação de funcionário público —, peculato e lavagem de dinheiro. Já foram bloqueados pela Justiça R$ 15 milhões desviados do Banco do Brasil, que deverão ser restituídos à instituição bancária.

Segundo o delegado Wenderson Teles, responsável pelas investigações, dois funcionários do banco, que atuavam diretamente na movimentação de valores altos e comissões destinadas às empresas de cobrança, aproveitavam-se dos cargos executivos e das transações de pagamento manuais para aumentar o valor das comissões dos empresários em troca de reembolsos ilegais. (Com informações da Assessoria da PJC)