O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu um novo júri do empresário Josino Pereira Guimarães, que é acusado de mandar matar o juiz Leopoldino Marques do Amaral.
Josino chegou a ser absolvido pelo Tribunal do Júri, mas o Ministério Público Federal recorreu contra a decisão, quando um novo julgamento foi marcado.
A defesa do empresário recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas teve o pedido negado.
Insatisfeita, a defesa interpôs um Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC), que foi admitido, liminarmente, pelo ministro Marco Aurélio.
O novo júri ficará suspenso até o julgamento do mérito do RHC.
“Defiro a liminar para suspender, até o julgamento do mérito deste recurso ordinário, o processo-crime nº 2000.36.00.005959-0, da Vara do Tribunal do Júri da Seção Judiciária de Mato Grosso/MT. Colham o parecer da Procuradoria-Geral da República”, diz trecho da decisão.
Morte de juiz
Os empresários e irmãos Clóvis e Josino Guimarães, além do delegado Márcio Fernando de Barros Pieroni, chegaram a ser presos pela morte do juiz federal Leopoldino.
Eles foram acusados de participar de uma farsa que tentava provar que o juiz estaria vivo e morando na Bolívia.
Leopoldino havia denunciado um esquema de venda de sentenças judiciais em Mato Grosso. O corpo dele foi encontrado parcialmente carbonizado no Paraguai, com dois tiros na cabeça em 1999.