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Penal Quarta-feira, 30 de Setembro de 2020, 10:50 - A | A

30 de Setembro de 2020, 10h:50 - A | A

Penal / EM RONDONÓPOLIS

Sessões do Tribunal do Júri serão realizadas por videoconferência

Os réus assistirão a sessão e irão depor por videoconferência, em uma sala na própria unidade prisional

Da Redação



As sessões de julgamento do Tribunal do Júri serão retomadas em outubro em Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá). Os julgamentos estavam suspensos desde o dia 20 de março, devido à pandemia causada pelo novo coronavírus.

O primeiro júri popular ocorre dia no próximo dia 5, em conformidade com a Portaria-conjunta nº 428 do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que permite essas sessões 30 dias após o início da 3ª etapa do Plano de Retorno Programado às Atividades Presenciais (PRPAP), situação em que a comarca de Rondonópolis se encontra e segue até o dia 30 de outubro.

O juiz da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis, Wagner Plaza Machado Junior, presidente do órgão, editou Portaria 02/2020, regulando a realização da sessão de julgamento no próximo mês. O magistrado levou em consideração que a pandemia ainda não acabou, citou todas as portarias editadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e TJMT com vistas a dar maior segurança médico-sanitárias ao retorno das atividades do Judiciário, bem como a regulamentação do uso de novas tecnologias, que permitem a realização das sessões do Tribunal do Júri.

Serão nove júris realizados em outubro, todos com réus presos que aguardam julgamento na Penitenciária Major Elder Sá, a Mata Grande. Os réus assistirão a sessão e irão depor por videoconferência, em uma sala na própria unidade prisional. As sessões começam sempre às 9h30. As partes também poderão optar por participar virtualmente.

“Este é mais um desafio para o Judiciário: como manter o ato mais solene do Poder Judiciário, que é o Tribunal do Júri, com todos os requisitos, e ao mesmo tempo garantir a segurança biológica dos jurados”, avaliou Wagner Plaza. “É preciso consciência de todos que estamos em um momento delicado, diferente e novo. Muita coisa vai mudar, mas ainda não temos modelos de referência sobre isso”.

“Uma preocupação deste juízo é manter a atenção dos jurados durante toda a sessão, que conta com falas longas de uma hora e por videoconferência, que perde algumas nuances da presencial, pois a câmara foca um determinado ponto. A tecnologia exige um ambiente com uma iluminação reduzida”, citou.

Sessões presenciais

Entre as medidas adotas para o retorno seguro do Tribunal do Júri estão: as sessões de julgamento serão preferencialmente por videoconferência, o pregão (informe sobre crime que é imputado ao réu e outros dados sobre o processo) será realizado às 8h30 na mesma data do julgamento, em um grupo de WhatsApp promovido pela 1ª Vara Criminal juntamente com os jurados, sendo informado os impedimentos e suspeições.

Todos os protocolos de segurança médico-sanitárias exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) serão obrigatórios. A entrada de magistrado, defensores/advogados, servidores, jurados e colaboradores do Tribunal do Júri, antes mesmo de acessar ao pátio do fórum, será condicionada ao uso de máscara, à higienização das mãos com álcool em gel 70% e à aferição de temperatura corporal.

O sorteio dos jurados será realizado no estacionamento/pátio do fórum, devendo adentrar ao plenário somente os sorteados, que deverão usar máscaras durante todo o tempo, manter o distanciamento social seguro e obedecer aos sinais indicativos, afim de evitar aglomerações.

As mesas dos serventuários (magistrado, promotor, defensor público/advogado), bem como a dos jurados serão posicionadas de forma a respeitar a distância mínima de 1,5 metro. Ainda serão disponibilizadas máscaras descartáveis, álcool em gel 70% e copos individuais em cada mesa.

A alimentação dos jurados deverá ser fornecida separadamente dos demais, servidos por um colaborador, eles deverão retornar imediatamente para suas mesas. Sobremesa e frutas serão servidas em embalagens individuais. E todos ambientes deverão conter álcool em gel 70% para higienização periódica das mãos.

Fica dispensada o uso das lapelas (vestimenta que coloca-se sobre os ombros). Testemunhas que não tiverem recursos tecnológicos deverão comparecer ao fórum para o julgamento, mas serão direcionadas a sala de audiência para depoimento por videoconferência.

Veja abaixo a pauta de julgamento e a portaria. (Com informações da Assessoria do TJMT)