Lucielly Melo
O juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, revogou a prisão temporária de Elenice Ballarotti Laurindo que, junto com seu marido, o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, são acusados de serem os mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri.
A suspeita terá que cumprir algumas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
A decisão atendeu o pedido da defesa, que, ao requerer a revogação da prisão, citou que Elenice é idosa e possui doença que precisa de tratamento especializado.
No documento apresentado nos autos citou que ela ficou hospitalizada entre os dias 6 e 8 de março e que necessita de acompanhamento integral da família por risco de autoagressão.
Mesmo com parecer contrário do Ministério Público, o magistrado substituiu a prisão por cautelares.
Na última segunda-feira (11), Aníbal teve a prisão cumprida, mas, horas depois, conseguiu liberdade.
O caso é sigiloso.
O crime
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro, quando foi atingida pelo executor, que fez diversos disparos de arma de fogo.
Três pessoas permanecem presas e já viraram réus pelo homicídio do advogado: Antônio Gomes da Silva (o executor), Hedilerson Fialho Martins Barbosa (o suspeito de ser o intermediário) e o coronel reformado do Excército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas (que teria financiado o crime).