O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, designou o promotor de Justiça Amarildo César Fachone para atuar em conjunto com o coordenador do Núcleo de Ações de Competência Ordinária – Naco Criminal, procurador Domingos Sávio de Barros Arruda, em nove procedimentos investigatórios para apurar a suposta participação de membros do Ministério Público do Estado (MPE) em diversas irregularidades.
As investigações tem como base os depoimentos dos coronéis Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco e do cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Corrêa Júnior, que são réus na ação que apura os grampos ilegais.
Eles revelaram que alguns integrantes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) teriam utilizado barriga de aluguel para a deflagração de diversas operações policiais.
Há ainda a acusação no que tange a indevida utilização da verba secreta disponibilizada no Gaeco.
Foram citados os promotores de Justiça Marco Aurélio de Castro, Samuel Frungilo, Paulo Prado, Marcos Bulhões, Marcos Regenold e Célio Wilson.
“A medida visa a dar maior celeridade às investigações e, com isso dar uma resposta rápida à sociedade”, afirmou o procurador-geral.
As apurações objetos desses nove procedimentos investigatórios são de caráter preliminar, ou seja, servirão para avaliar o mínimo de procedência das acusações feitas pelos réus militares.
O procurador-geral destacou que “as acusações, em sua grande maioria, foram feitas sem o mínimo de provas, porém, ainda assim serão apuradas e, caso tenham procedência as investigações deverão ser aprofundadas para melhor esclarecimento dos fatos”.
O coordenador do Naco Criminal, procurador Domingos Sávio de Barros Arruda já requisitou a íntegra dos interrogatórios ao juiz da 11ª Vara Criminal, Marcos Faleiros e eles deverão instruir cada um dos procedimentos investigatórios, sem prejuízo de outras diligências que venham a ser feitas sobre o assunto. (Com informações da Assessoria do MPE)