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16 de Setembro de 2024

Penal Sábado, 22 de Julho de 2023, 07:15 - A | A

22 de Julho de 2023, 07h:15 - A | A

Penal / REGIME FECHADO

Membro de facção é condenado a mais de 19 anos de prisão

Ele foi condenado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado de Rogério Diego dos Santos, organização criminosa, tortura, corrupção de menores e ocultação de cadáver

Da Redação



O Tribunal do Júri de Juína (a 735km de Cuiabá) condenou o membro da organização criminosa Comando Vermelho, Kleberson Diogo Santana de Lima, a 19 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado e sem direito de recorrer em liberdade, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado de Rogério Diego dos Santos, organização criminosa, tortura, corrupção de menores e ocultação de cadáver.

Conforme a denúncia do Ministério Público, Kleberson Diogo Santana de Lima e Angélica de Sá integram a organização criminosa Comando Vermelho, com o objetivo de monopolizar o tráfico de drogas na região norte de Mato Grosso.

Em novembro de 2021, ambos os acusados, aliciando outros dois adolescentes, torturaram a vítima Rogério Diego dos Santos com emprego de violência e grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico e mental, com o fim de obter informação, declaração e/ou confissão acerca de eventual furto/receptação de um televisor de propriedade do denunciado Kleberson.

A tortura foi arquitetada por Kleberson, responsável por reunir e indicar os comparsas que participariam do crime, e autorizada por Angélica, superior aos demais na hierarquia da facção. Os adolescentes capturaram a vítima em sua residência e executaram a tortura, tendo desferido diversos quinze golpes de facão nas pernas e na cabeça de Rogério.

Diante da recusa da vítima em prestar informações, mesmo sofrendo tortura, bem como para evitar que ela os denunciasse à polícia, Kleberson, com anuência de Angélica, determinou a execução. Ele, junto aos adolescentes, degolou a vítima, e, em seguida, ocultaram o corpo dela em local ermo e alagado.

A acusada Angélica Saraiva de Sá ainda não foi a júri tendo em vista que recorreu da decisão de pronúncia.

O Ministério Público irá recorrer da decisão para aumentar a pena imposta ao sentenciado. (Com informações da Assessoria do MPE)