facebook instagram
Cuiabá, 17 de Maio de 2025

Justiça Estadual Terça-feira, 22 de Setembro de 2020, 14:57 - A | A

Terça-feira, 22 de Setembro de 2020, 14h:57 - A | A

POR VIDEOCONFERÊNCIA

Juíza interrogará delator da Ararath sobre fraudes em posto de combustível

Além do acusado, também serão ouvidas pela magistrada as testemunhas do processo

Lucielly Melo

A juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, vai interrogar, no próximo dia 6, o empresário Marcelinho Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o “Júnior Mendonça”, acusado de fraudar duas bombas de combustível do Posto Comercial Amazônia Petróleo Ltda, de sua propriedade.

Júnior Mendonça é conhecido como um dos delatores da Operação Ararath, que investigou um suposto esquema criminoso contra o sistema financeiro do Estado.

A audiência de instrução chegou a ser designada para março deste ano, mas o ato processual acabou sendo cancelado após o fechamento de todas as unidades judiciais de Mato Grosso, inclusive do Fórum de Cuiabá, por conta da pandemia da Covid-19.

Como medida de contenção do vírus, a juíza vai conduzir o interrogatório por videoconferência.

Além de Júnior Mendonça, também serão ouvidas as testemunhas do processo.

“Deste modo, considerando o Provimento nº. 15, de 10 de maio de 2020 da Corregedoria Geral da Justiça, que institui a utilização de videoconferência para realização da audiência e demais ato no âmbito do primeiro grau, designo audiência de instrução, em Continuação para o dia 06 de outubro de 2020 às 14h00min”, diz trecho do despacho da magistrada.

Fraudes nas bombas

A ação penal contra o empresário é originária das Operações “Clone” e “De olho na bomba”.

Conforme a denúncia do Ministério Público, foram identificadas que duas bombas do posto possuíam irregularidades, uma vez que dispensava volume menor de combustível que o indicado na medidora.

De acordo com os autos, há um laudo técnico expedido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), que constatou que as fraudes causaram prejuízo ao consumidor na quantidade de 140 ml a cada 20 litros de combustível.