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Penal Quinta-feira, 05 de Março de 2020, 07:42 - A | A

05 de Março de 2020, 07h:42 - A | A

Penal / "MERCENÁRIO"

Integrante de grupo de extermínio é condenado a 22 anos de prisão

A pena deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado, por homicídio qualificado consumado em face da vítima Edcarlos de Oliveira Paiva

Da Redação



Mais um integrante do grupo de extermínio “Mercenários” foi condenado pelo Tribunal do Júri, em julgamento realizado na terça-feira (3), no Fórum de Cuiabá.

Os jurados acolheram a tese defendida pelo Ministério Público do Estado (MPE) e condenaram o réu Marcos Augusto Ferreira Queiroz a 22 anos e seis meses de reclusão, no regime inicialmente fechado, por homicídio qualificado consumado em face da vítima Edcarlos de Oliveira Paiva. O crime ocorreu no dia 25 de abril de 2016, no município de Várzea Grande.

Consta na sentença, que interceptações realizadas com autorização judicial e declarações prestadas no decorrer do processo apontam que o crime foi praticado de forma previamente planejada, mediante conversas telefônicas codificadas, mantidas entre os envolvidos no homicídio, a fim de dar efetividade à ação delitiva e dificultar a sua operação.

“O crime foi efetivamente concretizado no dia 25 de abril de 2016, por volta de 22h40, ocasião em que a vítima foi alvejada com sete disparos de arma de fogo, deflagrados de três armas diferentes, quando se encontrava num bar próximo da sua casa, conversando com o proprietário do estabelecimento”, diz a sentença.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o homicídio contou com a participação de outras quatro pessoas, todas integrantes do grupo de extermínio. Os demais já respondem a ação penal e alguns deles, inclusive, já se submeteram ao júri popular.

O motivo do crime, segundo consta na sentença, foi o fato da vítima ser usuária de drogas e suspeita de participar de atos infracionais de roubo e tráfico de drogas na região do Cristo Rei, em Várzea Grande.

Segundo o MPE, os “Mercenários” utilizavam táticas de inteligência na execução de suas atividades e faziam uso alternado de vários veículos na consumação dos homicídios.

“Inclusive, com o emprego de placas frias, além de fazerem uso de balaclava e roupas camufladas, visando dificultar a apuração da identidade dos autores”. Faziam “uso de armamento pesado, sempre emboscando as vítimas desprevenidas, tendo promovido, inclusive, chacinas que ganharam repercussão e clamor social (...) Durante o transcorrer da investigação descobriu-se que a organização criminosa possuía como principal motivação o comércio da vida". (Com informações da Assessoria do MPE)