facebook instagram
Cuiabá, 17 de Maio de 2025

Justiça Estadual Segunda-feira, 26 de Agosto de 2019, 08:46 - A | A

Segunda-feira, 26 de Agosto de 2019, 08h:46 - A | A

MORTE DE ALUNO

Faleiros muda data de audiência para ouvir testemunhas de Ledur em novembro

A mudança ocorreu após a defesa da tenente alegar impossibilidade de comparecer na audiência que havia sido agendada para o mês que vem, por isso, o juiz redesignou a nova data

Lucielly Melo

O juiz Marcos Faleiros, da Vara Especializada da Justiça Militar, mudou, novamente, a data da audiência em que ouvirá as testemunhas da tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur.

Ela é acusada de torturar o aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, que morreu após participar de uma série de afogamentos durante treinamento sob sua condução.

Inicialmente, os bombeiros major Danilo Cavalcante Coelho e o tenente Janisley Teodoro Silva, além do perito criminal Dionísio José Bochese Andreoni, que atestou a morte de Rodrigo, foram convocados para deporem à favor da militar no início deste mês.

Contudo, a audiência precisou ser redesignada para o próximo dia 16 de setembro. Mas, a defesa de Ledur acostou nos autos a impossibilidade de comparecer na data marcada, por isso, o magistrado transferiu a oitiva para o dia 4 de novembro deste ano, às 14h.

“Diante da impossibilidade do comparecimento da defesa constituída, conforme comprovação nos autos (ref. 223), redesigno a Sessão de Instrução para o dia 04 de novembro de 2019, às 14h”, diz trecho do despacho do juiz.

Saiba mais sobre o caso

Após passar por uma série de afogamentos durante treinamento conduzido por Izadora Ledur, na lagoa Trevisan, em Cuiabá, Rodrigo Patrício Lima Claro passou mal e chegou a ser levado ao hospital.

Ele ficou internado por cinco dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas faleceu em 15 de novembro de 2016.

Testemunhas relataram que o aluno estava sendo submetido a diversas torturas e que chegou a reclamar de dores de cabeça e cansaço.

A tenente foi afastada da corporação logo após a morte do jovem. Ela chegou a utilizar tornozeleira eletrônica, mas em outubro de 2017, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso atendeu o pedido de defesa da militar e mandou retirar o monitoramento.

Inicialmente, ela respondia o processo na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, mas a competência do caso foi declinada para 11ª Vara da Justiça Militar, onde é julgada por um juiz e pelo Conselho Especial, formado por cinco juízes militares.