A Justiça Federal de Mato Grosso levará o empresário Josino Pereira Guimarães a um novo júri popular, na próxima segunda-feira (21), pela morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral.
Josino foi absolvido pelo Tribunal do Júri, em 2011. Mas o julgamento acabou anulado pela 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que deu provimento à apelação interposta pelo Ministério Público.
Contra tal decisão, a defesa opôs embargos infringentes e de nulidade, que foram rejeitados. Posteriormente, impetrou habeas corpus, dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, tendo sido concedida medida liminar para suspender a realização de novo julgamento, que seria realizado em 2016.
Logo depois, o STJ decidiu, por unanimidade, pelo não conhecimento do HC.
O feito foi, então, incluído na reunião do Tribunal do Júri e será submetido na segunda-feira.
Em decorrência da Covid-19, o acesso à plenária será restrito ao magistrado, aos jurados, às partes e aos servidores que trabalharão no ato processual. Será destinado, no entanto, um espaço anexo à Plenária do Júri para que os familiares dos envolvidos possam acompanhar o julgamento.
Morte de juiz
Os empresários e irmãos Clóvis e Josino Guimarães, além do delegado Márcio Fernando de Barros Pieroni, chegaram a ser presos pela morte do juiz federal Leopoldino.
Eles foram acusados de participar de uma farsa que tentava provar que o juiz estaria vivo e morando na Bolívia.
Leopoldino havia denunciado um esquema de venda de sentenças judiciais em Mato Grosso. O corpo dele foi encontrado parcialmente carbonizado no Paraguai, com dois tiros na cabeça em 1999. (Com informações da Assessoria da Justiça Federal)