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Cuiabá, 15 de Maio de 2025

Outros Órgãos Terça-feira, 13 de Maio de 2025, 08:35 - A | A

Terça-feira, 13 de Maio de 2025, 08h:35 - A | A

5ª FASE DA SISAMNES

PF faz nova operação em MT para apurar esquema de venda de sentenças

As investigações identificaram uma rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro, criada para dissimular a origem ilícita das supostas “propinas” lançadas para a compra de decisões

Da Redação

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (13), a 5ª fase da Operação Sisamnes em Mato Grosso, com o objetivo de aprofundar a investigação sobre um suposto esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Por determinação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), são cumpridos os 11 mandados de busca e apreensão.

A ação ocorre também em São Paulo e no Distrito Federal.

Além das buscas, o ministro determinou o sequestro de bens e valores no montante aproximado de R$ 20 milhões.

Os investigados estão proibidos de saírem do país e terão seus passaportes apreendidos.

São apurados os crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, mercado de câmbio clandestino, evasão de divisas e organização criminosa.

As investigações identificaram uma rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro, criada para dissimular a origem ilícita das supostas “propinas” lançadas para a compra de decisões judiciais proferidas no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, de modo a romper a vinculação direta entre o agente corruptor e o servidor público corrompido.

Em Mato Grosso

A primeira fase da operação foi deflagrada em novembro de 2024, quando o empresário Andreson de Oliveira Gonçalves foi preso por supostamente liderar o esquema de negociação de sentenças em Mato Grosso e no STJ. Nesta semana, o STF decidiu pela manutenção da prisão dele.

Servidores, advogados e magistrados também foram alvos da operação, como é o caso dos desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, que já estavam afastados do cargo, passaram a usar tornozeleira eletrônica e tiveram bens bloqueados.

As apurações ocorreram após o assassinato do advogado Roberto Zampieri. O celular apreendido com ele revelou diálogos que indicam acesso indevido a decisões judiciais e possível influência nos resultados dos processos. (Com informações da Assessoria da PF)