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Cuiabá, 14 de Junho de 2025

Justiça Federal Sexta-feira, 13 de Junho de 2025, 09:11 - A | A

Sexta-feira, 13 de Junho de 2025, 09h:11 - A | A

AÇÕES DA AGU

Justiça bloqueia R$ 2,8 bilhões de investigados por suposta fraude no INSS

O objetivo é que os valores bloqueados sejam usados para ressarcir as vítimas de descontos ilegais em benefícios

Da Redação

A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 2,8 bilhões em bens e ativos financeiros de associações, empresas e pessoas físicas investigadas por suspeita de fraudes contra aposentados e pensionistas.

Foram deferidos pedidos em 15 ações cautelares ajuizadas pela Advocacia-Geral da União (AGU), em nome do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com base na Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013).

O objetivo é que os valores bloqueados sejam usados para ressarcir as vítimas de descontos ilegais em benefícios.

As decisões recaem sobre 12 entidades associativas, seis consultorias, dois escritórios de advocacia e três outras empresas, além de sócios e dirigentes de todas as instituições.

A decisão decretou ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos requeridos, relativamente ao período compreendido entre janeiro de 2019 e março de 2025.

Empresas de fachada

A ação original foi ajuizada pela AGU em 8 de maio deste ano, requerendo o bloqueio de bens na ordem de R$ 2,56 bilhões contra 12 entidades associativas e seus dirigentes. Estas entidades são apontadas pelo inquérito policial como empresas de fachada, criadas com o objetivo de cometer fraudes por meio de “laranjas”.

No dia seguinte, a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU), a AGU solicitou à Justiça Federal a inclusão, na cautelar, de seis empresas e oito pessoas físicas acusadas de intermediar o pagamento de propinas a agentes públicos vinculados ao INSS e a outras pessoas físicas a elas relacionadas.

Ação desmembrada

Por determinação judicial, a ação originalmente apresentada pela AGU foi desmembrada em 15 processos judiciais.

A decisão ainda determinou que, após o desmembramento, cada ação tivesse no máximo cinco réus.

No início do mês, a juíza já havia determinado o bloqueio de R$ 119 milhões, ao acatar os argumentos da AGU nas primeiras cinco ações. Na ocasião, oito empresas e seus sócios tiveram seus bens bloqueados e seus sigilos bancário e fiscal suspensos. Nos dias seguintes, novos pedidos foram deferidos. As últimas quatro decisões foram publicadas nesta semana. (Com informações da Assessoria da AGU)