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Cuiabá, 01 de Julho de 2025

Justiça Estadual Sexta-feira, 04 de Janeiro de 2019, 16:37 - A | A

Sexta-feira, 04 de Janeiro de 2019, 16h:37 - A | A

ALVO DA OPERAÇÃO SANGRIA 2

STJ nega HC e ex-secretário segue preso por fraudes na Saúde de Cuiabá

A decisão do magistrado foi dada nesta quinta-feira (3) e consta no andamento processual

Lucielly Melo

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, negou soltar o ex-secretário adjunto de Gestão de Cuiabá, Flávio Alexandre Taques da Silva, que foi preso por ser suspeito de atuar em supostas fraudes em licitações.

A decisão do magistrado foi dada nesta quinta-feira (3) e consta no andamento processual.

Flávio Alexandre foi um dos alvos da segunda fase da Operação Sangria no dia 18 de dezembro. Na época, havia um decreto prisional a ser cumprido contra ele, que foi expedido pelo juiz Marcos Faleiros, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá. No entanto o ex-secretário esteve foragido até o último dia 2, quando se apresentou à Polícia Civil.

Além de Flávio, também foram alvos de prisão o ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas, Luciano Correa Ribeiro, Fábio Liberali Weissheimer, Celita Natalina Liberali, Adriano Luiz Sousa e Kedna Iracema Fonteneli Servo.

A operação apurou possíveis fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.

Segundo as investigações, a organização mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles (Proclin/Qualycare) possam atuar livremente no mercado, “fazendo o que bem entender, sem serem incomodados, em total prejuízo a população mais carente que depende da saúde pública para sobreviver”.

A investigação demonstra que a organização criminosa chefiada por médicos está deteriorando a saúde pública de Cuiabá e do Estado de Mato Grosso. Levantamento feito pela Central de Regulação de Cuiabá, em 2017, aponta que 1.046 pessoas aguardavam por uma cirurgia cardíaca de urgência e outras 390 por um procedimento cardíaco eletivo.