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Cuiabá, 07 de Maio de 2025

Justiça Estadual Segunda-feira, 16 de Março de 2020, 17:04 - A | A

Segunda-feira, 16 de Março de 2020, 17h:04 - A | A

MORTE DE PREFEITO

MP quer que júri de acusados ocorra em outra cidade

No pedido de desaforamento, o Ministério Público argumentou que o “interesse da ordem pública e a dúvida na imparcialidade dos jurados não possibilitam o julgamento justo na Comarca de Colniza dos réus”

Da Redação

O Ministério Público do Estado (MPE) requereu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o desaforamento do Tribunal do Júri dos acusados Yana Fois Coelho Alvarenga e Antônio Rodrigues Pereira Neto.

Ambos serão submetidos a júri popular pelo assassinato do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes, em dezembro de 2017.

Também pesam contra os dois denunciados os crimes de tentativa de homicídio praticado contra o ex-secretário municipal Ademir Ferreira dos Santos, sua ex-companheira, Rosimeire Costa e Walison Jones Machado Lara.

A dupla responde ainda por associação criminosa, receptação, corrupção de menores e crime de trânsito.

No pedido de desaforamento, o Ministério Público argumentou que o “interesse da ordem pública e a dúvida na imparcialidade dos jurados não possibilitam o julgamento justo na Comarca de Colniza dos réus”.

O MPE afirmou que os crimes imputados a eles tiveram enorme repercussão estadual e nacional, o que coloca em xeque a imparcialidade do julgamento.

O órgão ainda enfatizou que em novembro do ano passado vários jurados que foram intimados para participar das sessões de julgamento manifestaram informalmente o desejo de não participar de eventual júri com temor dos acusados.

“Os jurados de Colniza estão apreensivos e extremamente receosos em participar do julgamento dos reús Yana Fois e Antônio Rodrigues, assim, não se trata de mera ilação do Ministério Público, estando comprovada a ausência de imparcialidade de eventual Conselho de Sentença para proferir o veredicto neste caso, diante do temor que os acusados oferecem à sociedade colnizense”, afirmou.

Foi citado ainda o risco da tentativa de plano de fuga dos acusados, com possibilidade de conflito armado, devido à ausência da segurança necessária para realização do julgamento.

“Já há histórico de plano de fuga de ambos os acusados. Deve ser considerado que no trajeto de Juína a Colniza, existe aproximadamente 270 Km de estrada de chão, com mais de 80 pontes de madeira, o que facilita a execução de qualquer plano de fuga, pois o automóvel necessita diminuir a velocidade para atravessar as pontes de madeiras”.

Consta no pedido do MP que o réu Antonio Pereira Rodrigues é conhecido como “prefeito” dentro da cadeia pública de Juína. E a acusada Yana Fois já foi surpreendida duas vezes, no ano de 2018, com celulares dentro do presídio em Cuiabá. (Com informações da Assessoria do MPE)