O ex-prefeito Mauro Mendes confirmou que participou de uma reunião em sua casa juntamente com Blairo Maggi, Pedro Taques e Silval Barbosa, e que pode ter pedido dinheiro, mas nada ímprobo.
O pronunciamento foi dado durante entrevista na rádio Capital FM, nesta quarta-feira (30), que rebateu a acusação do ex-governador de que teria pedido R$ 20 milhões para garantir que Taques não investigaria Silval.
Nós temos que reconhecer que o Silval cometeu dezenas de crimes e ele fazer delação não o torna um mocinho
“Posso falar de uma reunião na minha casa presente com o Maggi e Taques. Já recebi muitas autoridades em minha casa que são amigos. Recebi uma conversa republicana e falamos de política. Estávamos a um mês do início do processo eleitoral. Posso dizer tranquilamente que se for convidado pela Justiça falarei sempre a verdade porque isso não me prejudica em nada. Não tenho o que confirmar nem o que desmentir. Não fiz nada ilegal ou imoral. Pedir ajuda não é ilegal. Essas conversas iniciaram e depois conduzidas por outras pessoas. Tudo o que fiz posso provar em juízo. Prestar esclarecimentos”, destacou.
Ele negou o fato de que foi coordenador financeiro da campanha de Pedro Taques a governador do Estado.
“Não tenho muito tempo para acompanhar esse tsunami que foi a delação do Silval. Nós temos que reconhecer que o Silval cometeu dezenas de crimes e ele fazer delação não o torna um mocinho. Ele citou meu nome dizendo que fiz uma solicitação de ajuda para Taques, mas eu nunca fui coordenador financeiro do Pedro”, afirmou.
Entenda o caso
Silval, em sua delação premiada, afirmou que em 2014 foi orientado pelo ex-governador e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e por Mendes a ajudar financeiramente a campanha de Pedro Taques, para que caso fosse eleito, não “vasculharia” as irregularidades de sua gestão.
Na delação, o ex-governador revelou que Mauro Mendes pediu para que ele doasse R$ 20 milhões para campanha de Taques, que seria uma garantia para o governador, se eleito, não investigaria os atos de Barbosa.