Ao ascender ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a nova desembargadora Juanita Cruz da Silva Clait Duarte declarou que suas decisões serão pautadas com legalidade e ética para garantir que os jurisdicionados não sofram “na pele com “inverdades”.
Juanita assumiu uma cadeira no Pleno do TJMT nesta segunda-feira (26), após ser escolhida para se tornar desembargadora, pelo critério de antiguidade.
No discurso de posse, Juanita fez menção do período de 10 anos em que ficou afastada da magistratura, por conta da decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que havia a condenado à aposentadoria compulsória por suposta participação no caso que ficou conhecido como “Escândalo da Maçonaria”.
Ela retornou ao cargo após o Supremo Tribunal Federal (STF) inocentá-la.
Emocionada, Juanita agradeceu o apoio dos colegas e dos familiares “quando a tempestade da injustiça tentou me afastar daquilo que sempre amei exercer: a magistratura”.
“Nessa nova etapa renovo publicamente o meu compromisso com a verdade, com a justiça e, sobretudo, com os jurisdicionados. Estarei onde sempre estive, ao lado da legalidade, da ética, da escuta sensível e da verdade, para que os jurisdicionados não sofram na pele as injustiças das inverdades”.
A magistrada também agradeceu os outros juízes que também foram inocentados no mesmo caso. “Retornamos ao lugar que jamais deveríamos ser afastados”.
Por fim, Juanita destacou que “ser juíza é um ato contínuo de responsabilidade e entrega. Ser desembargadora é além disso: um dever de exemplo e ponderação”.
“Reafirmo minha disposição de honrar esta toga com trabalho, seriedade e coragem. Porque em cada decisão levarei comigo a certeza de que a verdade não grita, mas resiste, e é nela que repousa a verdadeira justiça”, concluiu.
Clait Duarte assume a cadeira deixada pela desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, que se aposentou da magistratura após completar 75 anos de idade.