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Cuiabá, 09 de Julho de 2025

Justiça Estadual Sexta-feira, 28 de Maio de 2021, 08:09 - A | A

Sexta-feira, 28 de Maio de 2021, 08h:09 - A | A

OPERAÇÃO ZIRCÔNIA

Gaeco: Esquema de diplomas falsos causou prejuízos de R$ 1 milhão

A investigação demonstrou que a organização criminosa ofertava e ministrava, em nome dos estabelecimentos de ensino sediados em Cuiabá, cursos de nível superior sem a devida autorização do Ministério da Educação (MEC)

Da Redação

Aproximadamente 130 diplomas e 110 históricos escolares falsos com prejuízos na ordem de quase R$ 1 milhão a dezenas de alunos. Foi o que apurou o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPE), com relação a apenas uma das instituições utilizadas pela organização criminosa alvo da Operação Zircônia, deflagrada nesta quinta-feira (27).

Segundo o Gaeco, durante a investigação foi constatado que muitos desses documentos falsos foram utilizados pelos ex-alunos das instituições de ensino utilizadas pela organização como implemento de condição (escolaridade nível superior) para ocupação de cargos públicos, elevação de nível ou de classe (progressão na carreira) e, no caso de servidores da Educação, para obtenção de pontos utilizados na atribuição de classes e aulas para professores.

Nesta quinta-feira, durante a operação, foram cumpridos 35 ordens judiciais, além dos bloqueios bancários. Com início em meados de 2019, no decorrer da investigação dezenas de ex-alunos foram intimados e ouvidos no Gaeco, ocasiões em que os diplomas, históricos escolares e certificados de conclusão de curso superior expedidos fraudulentamente pela organização criminosa, utilizando-se de nomes de outras instituições de ensino superior, foram apreendidos.

Conforme informações do Gaeco, a investigação demonstrou que a organização criminosa ofertava e ministrava, em nome dos estabelecimentos de ensino sediados em Cuiabá, cursos de nível superior – geralmente Tecnólogo em Gestão Pública e Bacharelado em Administração – sem a devida autorização do Ministério da Educação (MEC).

A decisão proferida pelo juízo da 7ª Vara Criminal de Cuiabá contemplou ofícios ao MEC, à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e à Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat) acerca da suspensão das atividades pelas instituições de ensino utilizadas pelos investigados. (Com informações da Assessoria do MPE)