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Cuiabá, 09 de Maio de 2025

Justiça Estadual Quarta-feira, 12 de Março de 2025, 07:14 - A | A

Quarta-feira, 12 de Março de 2025, 07h:14 - A | A

NÃO PERSECUÇÃO PENAL

Ex-assessores da AL acusados de desvios fazem acordo com MP e juíza arquiva ação

Os ex-assessores parlamentares Ana Paula e Odenil respondiam pelo crime de lavagem de dinheiro

Lucielly Melo

A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a retirada dos ex-assessores parlamentares, Ana Paula Ferrari Aguiar e Odenil Rodrigues de Almeida, do polo passivo da ação penal da Operação Ventríloquo.

A magistrada determinou a extinção dos autos com relação aos acusados, que celebraram um acordo com o Ministério Público para pagarem R$ 30 mil como prestação pecuniária.

A decisão foi divulgada no último dia 13.

A ação investiga um possível esquema criminoso que teria causado um prejuízo de R$ 9,4 milhões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Ana Paula e Odenil respondiam pelo crime de lavagem de dinheiro.

No curso do processo, o MP sugeriu um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) aos acusados, que aceitaram a proposta.

Ana Paula terá que pagar R$ 20 mil, enquanto Odenil, R$ 10 mil.

Ao analisar o acordo, a juíza certificou que a tratativa atendeu os requisitos legais, já que os acusados aceitaram a proposta acompanhados de seus advogados e manifestaram concordância de forma voluntária.

“Deste modo, não demonstrado qualquer vício quanto à manifestação da voluntariedade do acordo e diante da legalidade, HOMOLOGO o referido acordo de não persecução penal para que surta seus regulares efeitos, mediante o devido cumprimento das condições impostas pelo Ministério Público neste ato processual, salientando que, havendo o descumprimento de quaisquer das condições estipuladas, poderá ocorrer a rescisão e prosseguimento da ação, nos termos do §10º do art. 28-A do Código de Processo Penal”, diz trecho da decisão.

A ação segue tramitando em relação aos demais réus.

Entenda o caso

O suposto rombo é apurado nos autos da Operação Ventríloquo, quando o Ministério Público, em 2016, protocolou a denúncia de que os deputados e demais citados teriam promovido um rombo milionário na Assembleia Legislativa, por meio de pagamento de uma dívida de um seguro contraído com o banco HSBC, atual Bradesco, que foi quitado a Joaquim Mielli, então advogado do banco.

Segundo a acusação, entre fevereiro e abril de 2014, houve o desvio de cerca de R$ 9.480.547,69 milhões, "valendo-se da facilidade que proporcionava a condição de servidores públicos e agentes políticos de alguns de seus membros".

No mesmo período, os acusados teriam ocultado e dissimulado a natureza e a origem dos valores, contando com o auxílio dos empresários e assessores parlamentares.

VEJA ABAIXO A DECISÃO: