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Cuiabá, 21 de Junho de 2025

Justiça Estadual Quarta-feira, 28 de Setembro de 2016, 13:20 - A | A

Quarta-feira, 28 de Setembro de 2016, 13h:20 - A | A

novas operações à vista

Depoimento de Nadaf traz três novos casos de recebimento de propina; leia a íntegra

Dentre o caso que Nadaf afirmou que revelará em momento oportuno está uma própria que ele disse ter recebido de uma construtora chama Ampla no valor de R$ 200 mil

Antonielle Costa

O depoimento do ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf, no dia 25 de julho, na sede do Ministério Público Estadual, na presença dos delegados Marcio Moreno e Alexandra Fachone, irá resultar na declaração de novas operações policiais, uma vez que em vários trechos ele cita casos de propina e diz que será revelado em momento oportuno. Isso porque as investigações estão sendo fatiadas.

Dentre o caso que Nadaf afirmou que revelará em momento oportuno está uma própria que ele disse ter recebido de uma construtora chama Ampla no valor de R$ 200 mil.

Citou ainda uma propina cobrada diretamente pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) a um empresário do setor de frigorífico, que irá também explicar posteriormente de forma mais detalhada.

Outro caso revelado por Nadaf foi que iria receber propina do empresário Alana Malouf, por ter lhe ajudado em supostos esquemas no atual Governo.

“Que o interrogando ainda tinha a promessa de recebimento de R$ 100 mil de Alan Malouf por tê-lo ajudado a receber propina de empresários para influir em atos praticados no governo atual que irá melhor relatar em momento oportuno”, diz um trecho de seu depoimento.

Confissão

Réu confesso de ter integrado uma organização criminosa que teria dilapidado os cofres públicos durante a gestão do ex-governador Silval, o ex-secretário Nadaf, embora sua defesa negue, vem atuando como uma espécie de “delator”.

Ao colaborar com a Justiça, ele se livrou de ser preso novamente na quarta fase da Operação Sodoma deflagrada no último dia 26, pela Defaz, que apura o desvio de dinheiro público realizado através de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo governo Silval Barbosa, durante o ano de 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.

O ex-governador, preso no Centro de Custódia de Cuiabá, teve novamente uma prisão preventiva cumprida, além de Marcel De Cursi, Arnaldo Alves, Silvio César Correia Araújo e Valdir Piran.

Também foi preso Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, procurador de Estado aposentado, foi preso por mandado de prisão preventiva no Rio de Janeiro (RJ), por policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Para prestarem interrogatórios foram conduzidos coercitivamente Valdir Piran Junior, Eronir Alexandre, Marcelo Malouf, José Mikael Malouf, Willian Soares Teixeira, Ademir Beraldi, Eliane Maria da Silva, Catarino José da Silva Neto, Alan Malouf e Jair Santana, além do cumprimento de buscas e apreensão em residências e empresas dos investigados.

As diligências realizadas evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, nesta capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda., proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício da organização criminosa liderada pelo ex-governador do Estado de Mato Silval da Cunha Barbosa.

De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.857.000,00, retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller, em prol do grupo criminoso.

Leia AQUI a íntegra do depoimento.