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Cuiabá, 06 de Junho de 2025

Justiça Estadual Quinta-feira, 18 de Abril de 2019, 07:30 - A | A

Quinta-feira, 18 de Abril de 2019, 07h:30 - A | A

“CONSCIÊNCIA TRANQUILA”

Defensor nega ter entregado celulares a preso e quer que a polícia apure o caso

O defensor fará um Boletim de Ocorrência relatando sua versão e pedirá que a polícia apure os fatos, ouvindo os envolvidos

Da Redação

O defensor público, David de Brandão Martins, afirmou que não tem qualquer responsabilidade ou ligação com os celulares apreendidos em posse do preso João Henrique Bezerra Carlos, com quem os aparelhos foram encontrados, após audiência no Fórum Criminal de Cuiabá, nesta semana.

O defensor fará um Boletim de Ocorrência relatando sua versão e pedirá que a polícia apure os fatos, ouvindo os envolvidos.

Martins informou que o seu contato com o preso teve início às 16h da última segunda-feira, dois minutos depois, a advogada Elvira Kelli Almeida Cruz pediu para assumir o caso, ficou sozinha com o acusado e posteriormente, fez a sua defesa na audiência.

“Ele teve contato comigo, depois com a advogada e com os agentes prisionais. Eu não entreguei celulares a ninguém e tenho interesse direto que a situação seja esclarecida”.

O defensor ainda lembrou que essa foi a segunda vez que se encontraram. A primeira foi no presídio para tomar conhecimento do caso.

“As providências que vamos tomar são as de fazer nossa defesa nessa acusação, que não procede. Ele disse na delegacia que eu entreguei os celulares a ele, não sei se foi orientado para isso. Tenho minha consciência tranquila. Vou juntar o BO, a ata da audiência de ontem, onde constam o nome das pessoas que tiveram contato com ele: a advogada, o agente prisional e vou pedir que a Polícia esclareça o caso”, explicou.

Em relação à acusação do preso, o defensor avaliou como “infeliz”.

“Ele foi infeliz na colocação dele, porque o defensor público está ali estritamente para fazer a defesa do acusado. Ele tentou se livrar de uma situação jogando a responsabilidade sobre o profissional que está ali para poder auxiliá-lo, para poder mitigar a situação processual dele”.

Sobre a situação, Martins pontuou que, em sua atuação, em 19 anos como defensor público, nunca ouviu notícia de acusação similar a essa.

“Acontecer situações como essas acontecem, agora envolvendo a Instituição ou outro defensor público, nunca aconteceu. A gente vê constantemente na imprensa, ano passado, recentemente também, advogado tentando entrar com celular na cadeia, agora numa audiência, pra mim, foi a primeira vez que aconteceu”.

“Conduta íntegra”

A Administração Superior da Defensoria Pública de Mato Grosso afirmou que o defensor David Brandão sempre teve uma conduta íntegra, honesta e moralmente irrepreensível no órgão. Ressaltou que ele já atuou como membro do Conselho Superior, grupo responsável por avaliar e decidir sobre as questões mais importantes para a instituição e sua relação com a sociedade.

“A Defensoria Pública é instrumento de defesa dos direitos dos presos e temos interesse na apuração precisa e transparente dos fatos”, disse o primeiro subdefensor público-geral, Rogério Borges de Freitas. (Com informações da Assessoria da Defensoria Pública)